19.2.09

balança!

segura-te, larga-o!
as minhas mãos nos teus ombros, agarra-o

entrega-me esse momento, desprezo qualquer canto
não é ele um espanto?
parece minimo, mas verás nele tanto!

segura-te bem, não cais, eu não deixo
vou abanar-te, sinto e quero ver esse corpo sair de dentro desse cinto
e eu não me queixo

balanças, mas o medo fica lá atrás
arrasas e serás um às

sei, podes não resistir, pago para ver
olha nos meus olhos, vais ter o mar em ti, podes crer

agora, junta os pés
o som manda
afasta as mãos
a anca comanda
agora os pés, depois as mãos

tu como os segredos, és escondido. agora anda.

facilmente, tu encantas
até no maior solavanco
não vai demorar
vais sair do tamanco

dificilmente sei que tremes no balanço
sabes, contigo nas nuvens eu danço

16.2.09

afecto

olá :)
no passado Sábado foi dia dos Namorados. dia em que as floristas não têm mãos a medir, as lojas de desporto vendem como no Natal, os postais saem das prateleiras como se o mundo acabasse amanhã e, claramente, os afectos andam ao rubro.
pessoalmente, gosto de assinalar o dia. nem que seja com aquele abraço. o dia dos namorados é como o Natal, pode ser quando o homem quer. é um dia como outro qualquer, mas pela data que se comemora, pode ter a importância que lhe queiramos dar.
claramente, sou uma pessoa que questiona a vida, que tenta compreender as coisas que acontecem. já fui mais persistente ou mesmo teimosa neste aspecto. com o passar do tempo (deve ser pela chegada dos 30...) tenho me tornado cada vez + paciente.
acera do tema das emoções, não sei quando deixarei de ter curiosidade por "encaixá-las".
um dia emprestaram-me um livro que fez diferença no modo de me olhar, de olhar os outros, de perceber a mulher e o homem; o olhar sobre a compreensão das relações.
costumo dizer ao mundo: se o homem e a mulher são educados de forma diferente, estimulados de forma diferente, serão diferentes quando têm de atribuir importância "às coisas".
para mim, este livro tornou-se uma espécie de biblia!
este ano, assinalei o dia dos namorados, com a partilha do link do livro com os meus amigos.
deixo aqui também para que possam ler ou simplesmente consultar. acho até que, para ler de seguida não é muito agradável, mas à medida que desfolham encontram semelhanças com algumas situações da vida e vai nascendo uma curiosidade sobre o que os autores pensam sobre isto ou aquilo, e de que modo homem e mulher vêm/sentem determinada situação.
http://www.veterinariosnodiva.com.br/books/homens-marte-mulheres-venus.pdf
os homens são de Marte e as mulheres de Vénus
entretenham-se!
bem-hajam

10.2.09

existe, mas não se vê, a Lua Nova

acordas-me?
entre o definitivo e o talvez
entre o acessório e o essencial
entre uma nuvem negra e a de algodão
hoje, sabes se estou no dia ou na noite?
entre ir ou ficar
entre um momento e a escolha de uma vida
entre o quase nada e o muito
entre a luta e um esforço
entre aceitar que a terra gira e senti-lo
agarra a minha mão, consegues?
entre simplesmente voar e estar sempre a sonhar com o voo
entre uma lança e uma batalha
entre o vento e a tempestade
quando tudo isto acabar, acordas-me?
quem me dera desejar e poder
quem me dera manter a emoção pelos Homens
ninguém mo dará
mas acordas-me a tempo?
chamas-me?
pode o Sol esquecer-me
pode o dia não aparecer
pode a Lua nunca ir para Nova
antes disso, pedes-me uma vez que acorde?

uma que seja!
o tempo não vai perdoar
o tempo não nos vê
o tempo não sente
o tempo é cruel
o tempo não cura
entre o tempo que apaga e tempo que aguça
sabes que o tempo do nunca não esquece
e o para sempre... o tempo dissolve
preciso que não me deixes ficar no deserto
preciso que sejam poucas as vezes em que tremes sózinho
preciso que me lembres que no perfeito reside o ficar
e no ficar reside o tempo do simples
aquele que não sabes como é, mas que simplesmente acontece, porque...
... deixAMOs que seja.
acorda-me porque hoje vou dormir como sempre, mas amanhã posso não chegar a acordar.