23.7.11

RIP Amy Winehouse

hoje confirma-se a morte de amy Winehouse e isso entristece-me.

a morte encerra em si um pano negro.
entristece-me sempre quando alguém morre e isso podia ter sido evitado. como quando alguém morre por fome. quando alguém morre muito novo. quando alguém com talento acaba por morrer com uma grande dor, angústia e sofrimento. quando alguém se mata e, em desespero, não encontra motivos para arriscar viver + 24h.
as pessoas são cruéis e esquecem-se de lembrar aos outros que nem tudo o que parece é, que é normal haver dias bons e menos bons. e aqueles mesmo maus acontecem a todos.

na minha pré-adolescência assisti a muitas perdas de pessoas. era frequente encontrar seringas, vestígios de um xuto ou cruzar-me com vizinhos que viviam diariamente o mundo da droga. támbém houve boas surpresas, pessoas que sairam da droga. eles existem. hoje a toxicodependência tem outros contornos. em Portugal a realidade alterou-se. houve um grande esforço das instituições, do Estado, da sociedade para tratar este problema que atinguiu muitas familias, essas que guardam as marcas, as histórias, as fotos e o luto.

qualquer um de nós entende que um toxicodependente não está bem, não vive em bem-estar na sua vertente física e mental e precisa de ajuda. precisa de aceitação. o próprio deixou de acreditar em si, às vezes não reconhece o seu problema como um problema e deposita pouco crédito nos motivos para fazer diferente. às vezes não é o único doente! pode ser o sintoma de um desiquilibrio maior, familiar.
na Psicologia é frequente dizer-se que a toxicodependência não é a verdadeira doença do paciente, normalmente, é o sintoma de que algo não está bem. como acontece com outras doenças.
esta apenas se vê muito bem e é impossível manter escondida durante muito tempo.

algumas memórias da Amy não são muito diferentes do desfecho da sua vida.
recordo o concerto dela em Portugal no Rock in Rio, no 1º dia e que já foi "histórico" pela actuação escandalosa da cantora.
o que fez dela uma artista guardo muito bem com toda a certeza: os álbuns, as músicas, a sua silhueta, aparência tão característica e a voz inconfundível. jamais esquecerei o olhar dela com os olhos pintados de uma forma única.
vale a pena lembrar que outras artistas como ela, grandes mesmo, tiveram este desfecho, morreram novas, e continuam a ser clássicas. as grandes, Elis Regina e Janis Joplin. seja ou não da droga, algo não estava nada bem na vida desta mulher que apenas com 27 anos marca a história da música.

pergunta: porque é que pessoas talentosas não usam TODAS as suas capacidades?

20.7.11

se eu quiser falar com Deus

Olá.
Serás tu alguém que já procurou falar com Deus?
"Se eu quiser falar com Deus", este som que a Elis canta à capela é intenso e refere o que podemos fazer nesse momento.
Existem pessoas que em algum momento da vida procuram Deus. De certo todos conhecemos alguém que o tenha feito ou o faça.
Na obra "Comer Orar e Amar", depois feito filme, há um momento em que a personagem principal, Liz, num momento de grande angústia, sofrimento, solidão está no wc e procura Deus. Esta passagem é fantástica porque responde a algumas questões que qualquer pessoa que tente falar com Deus encontra.
A Elis, sempre a grande voz, com uma dicção sem igual, canta-nos como pode ser esse momento.
Ouvido assim contina a ser um momento forte. Vale a pena escutar.
Dizem que nascemos e morremos sós. E tu, pensarás o mesmo?