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16.1.13
4.12.12
uma pergunta muitas respostas
assaltada pelo pensamento: "porque cometemos os mesmos erros?". tantas respostas para apenas uma pergunta.
se aceitarmos que a maioria dos erros são cometidos por medo, ignorância, desmotivação e baixa autoestima, reunimos um conjunto de explicações, contudo não sei se chega para pararmos de cometer os mesmos erros. chega conhecer o motivo e ter uma explicação para mudar a nossa ação?
o medo é obstáculo, priva-nos do melhor e afasta-nos do pior. e também da sabedoria. da experiência e do risco. é quando alimentamos a coragem que controlamos o medo e passamos a ponte para o risco. arriscamos. a coragem não nos priva da vida.
a ignorância é pobreza. não sabemos até ao momento em que... passamos a saber. e depois podemos decidir continuar a errar mesmo sabendo, e aí alimentamos a nossa ignorância voluntária. se continuamos sem saber, pergunto-me "onde estou eu?"
a desmotivação é tramada. o que nos mantém desprovidos de motivo? pode ser crónica, durar semanas, meses. ocupamo-nos em coisas supérfulas e afasta-nos da ação. não fazemos o que queremos e apenas pensamos no que queremos fazer. e a pensar morreu um burro. a desmotivação pode ser alimentada ou desidratada. quando lhe tiramos a água e depois o Sol, passamos a alimentar a nossa ação. enfim, tomamos uma de-ci-são. continuamos a pensar, mas decidimos alimentar a ação.
a baixa autoestima pode ser um motivo mais delicado. a falta de amor pode ser uma questão para resolver. é aquela que mantém o medo e a insegurança. enquanto repetirmos os mesmos erros, não teremos resultados diferentes. expomo-nos ao egoísmo alheio, diminuimos a probabilidade de sermos amados e continuamos a penalizar-nos por isso. cresce a culpa, a frustração, e aí estamos nós sedentos de visão. submissos então! presos.
todos temos momentos, fases. e todas as fases têm "fases". sabemos em que fase estamos, porém desconhecemos o tempo que esta dura. porém podemos acreditar e decidir amar ao invés de permanecer naquela zona que parece de conforto, mas que já nem isso é. parece cómoda, mas é desprovida de segurança e tranquilidade.
pode ser que, o que nos faça parar de cometer os mesmos erros seja perceber o que perdemos para ter aquilo que se resume a "falta de amor". poderemos concluir que é "falta de amor próprio", que seja. contudo, é a ausência de amor. e isso sim, pode explicar porque nos aniquilamos e nos mantemos num ciclo vicioso de alimentarmos os nossos erros. a falta de amor afasta-nos de nós e mantém-nos à tona a respirar, mas não nos deixa viver em pleno e sintonia com a vida.
24.8.12
na 1ª hora do dia

associo aos americanos as dicas para o sucesso e a imagem de uma pessoa no palco a falar com fervor e muito entusiasmo, para uma plateia vidrada e a bater palmas.
hoje recebi um post sobre o que fazer na 1º hora do dia. o que fazem as pessoas de sucesso nesse momento? nomes como David Karp (americano, um fenómeno!), Tony Robbins (americano) e Brain Tracy (canadense) surgem nas respostas.
algumas dicas:
- não ver o email antes de chegar ao trabalho:"ler emails em casa não faz bem, nem é produtivo", Karp;
- 1 hora, 30' ou 15' de lazer: exercício, rituais de motivação, agradecer pelo que se está grato, e visualizar o que se quer da vida como se o tivesse hoje, Tony Robbins;
- escolher e engulir o maior sapo, i.e., começar pela tarefa mais complexa, demorada, que menos gostamos, supondo que as tarefas seguintes serão "canja" (o livro de Brain Tracy em PT "engula sapos");
- Steve Jobs usava o seguinte pensamento "se hoje fossse o último dia da minha vida, gostaria de fazer o que o vou fazer no dia de hoje?", se a resposta fosse "não" por muitos dias, então sabia que tinha de realizar alguma mudança.
tudo o que possamos fazer na 1ª hora do dia e que nos sirva o bem-estar dentro da nossa rotina é muito bem-vindo! em PT e para muitas pessoas um bom pequeno almoço ou um bom café fazem parte da lista de tarefas realizadas na 1ª hora do dia.21.8.12
26.7.12
9.7.12
sensibilidade na música
o amor expressa-se a ele mesmo. liberte-se e massage-se a sensibilidade de outros para terem amor e depois, a partir daí, esperar deles o melhor.
ainda que haja música forte com palavras e som para transmiti-lo, transmitir o ritmo que tem o amor, só o amor e nada mais.
acontece escrever sobre o amor e menos entender. talvez seja de tão grande sensibilidade que não cabe naquilo que contruímos como código. não cabe. este código feito por humanos, que pela "estruturada" e "decorada de lógica" não servirá o propósito para, por si só, transmitir o que é o amor, que a si se basta e só a si se expressa.
sem dúvida, músicas realmente belas, fortes e intensas como o amor. de certo, feitas com amor por alguém que se permite o amor. música em tantas línguas, com tantos intrumentos, com tantas imagens. vozes e timbres.
diria que, se o amor não é a linguagem universal, outra não existe que nos permita falar pelo olhar ou sem escutar o que os lábios poderiam proferir.
não explico nada. a sensibilidade está para o amor como a pele para o Sol. o amor aquece-nos, conforta-nos, alimenta-nos, dá-nos cor e ilumina-nos. e tal como o Sol, tem de ser doseado. as músicas fazem isso tão bem.
há dias numa palestra sobre sexualidade pensava sobre "porque é que gastamos tanto tempo a querer tanta coisa e parece haver tão pouco esforço a ajudar os outros a permitirem-se o amor?". a permitir-se o amor antes de tudo. antes-de-tudo.
é que, quem não trabalhou a sua sensibilidade, as suas emoções, terá alguma dificuldade em abrir o coração para vivê-lo, ouvi-lo e talvez uma barreira para sentir quão importante o resto é para ter o amor.
quem alimenta essa barreira ajuda a mantê-la forte, ao invés de deixar o amor (como que em efeito bola de neve) estruturar a vida. o amor estrutura a vida. o amor faz-nos ser resilientes. a partir daí tudo é possível e cria-se a condição para existir a capacidade de tudo o resto: de nos aceitarmos, de ouvirmos os outros, de termos espaço para os outros. sendo o amor a base, o resto é o resto, ainda que muito importante. são veículos para nós mesmos.
não espero que isto faça algum sentido, porque as palavras têm os seus próprios limites, ainda que as usemos para falarem o amor. o amor expressa-se a ele mesmo, com ou sem palavras.
mundo, liberta-te para que as crianças e os jovens tenham amor e depois, a partir daí, esperar deles o melhor.
4.7.12
15.6.12
Espaço para o outro

Objetivo: apoiar a criança através do laço ou relação
interpessoal; entenda-se ouvir, escutar, dar atenção às dúvidas, preocupações,
situações, problemas dela, refletir em conjunto e pensar em possíveis soluções.
Ajudar o outro a pensar. Apoiar o outro a ver-se e a olhar-se através da
relação.
A partir daí cria-se a possibilidade da auto descoberta, criar caminhos mentais até novas alternativas. Como efeito bola de neve, a criança
pode perceber as suas inseguranças, partilhá-las e confirmar que quando isso
acontece não ecoa o julgamento óbvio e declarado. Nessa corrente, pode conseguir-se
melhorar a autoconfiança, a confiança nos outros, o sentido de realização, a interiorização
de regras de base na relação com o outro, o olhar sobre o futuro e, até conseguir motivar a criança para tarefas que ela acreditava não ter capacidade para
realizá-las.
Esta experiência em mentoria entre pares reforçou a
importância de criar espaços para receber os outros na nossa “casa” e a
crescermos através dos outros.
todos os dias são dias de escolha.
25.3.12
imagem corporal e chocolate
é Domingo. em Lx o tempo está primaveril: debaixo do Sol faz calor e apetece estar na rua.
![]() |
sugestão: bolo de chocolate e cuppuccino |
diria que poderá ser um bom dia para uma sobremesa especial, misturar o prazer do relax com uma fatia de chocolate. é provável que ao lerem este último parágrafo, algumas pessoas tenham pensamentos relacionados com dieta, calorias e outros relacionados com a saúde e imagem corporal. e haverão pensamentos doces e deliciosos! enfim, uma mescla de pensamentos e tentações entre fazer a vontade ao desejo e não ingerir excesso de gordura e açucar.
hoje apeteceu-me desafiar as mentes alheias e deixar dois estímulos para diminuir o sentimento de culpa que possa existir quando se está perante a decisão de comer uma boa fatia de bolo de chocolate ou outra coisa igualmente deliciosa.
primeiro estímulo: "Segundo a pesquisa, publicada no "Journal of Personality and Social Psychology”, pessoas que gostam e consomem doces são mais propensas a ajudar outras em necessidade e a serem mais amáveis do que aquelas que não costumam comer guloseimas." bem, pensarão, isto é mesmo verdade? ver mais aqui.
segundo estímulo: existem pessoas no mundo que confecionam doces, comem-nos com satisfação, não são consideradas magras e têm sucesso. não só têm sucesso, como tiram proveito disso tudo. ocorre-me a cozinheira Nigella, conhecem? de acordo com o jornal inglês Daily Mail, Nigella tem uma fortuna de £110milhões. não sei se este video vos desperta os mesmos pensamentos, mas em mim desperta a admiração por esta mulher. os meus olhos vêm a mulher charmosa, sem as tradicionais formas físicas de uma apresentadora de tv famosa, que se entrega à arte da cozinha com grande dose de estilo próprio e consegue muito sucesso. enfim, um conjunto de bons motivos para acreditarmos que não é imprescindível ter "tudo no sitio" para ser uma mulher de sucesso.
serão estes dois estímulos verdadeiramente fortes para diminuir a pressão no momento de dar a uma bela dentada num bolo que sorri para nós?
p.s. já conheci algumas pessoas que não gostam de chocolate. e tanto chocolate que sobra para os que, como eu, não lhe resistem!
27.2.12
da entranha para estranha
dois familiares acabam de deixar a sua casa para viver num lar.
ontem foi Domingo e visitei um lar pela primeira vez. misto de sensações. más e estranhas. deixar quase tudo para trás e passar a viver num sitio não escolhido. como se faz?
assisti à hora do lanche (há hora para lanchar), wc partilhados e muitos objetos não pessoais que denotam um gosto que não enquadro. novos cheiros. novas luzes e gemidos. fase de adaptação. com apenas 50. aos 70, aos 80. depois de uma crise. após um acidente. quando já não é seguro viver desamparado, porque o equilíbrio não chega para ir com sucesso ao wc.
assisti à hora do lanche (há hora para lanchar), wc partilhados e muitos objetos não pessoais que denotam um gosto que não enquadro. novos cheiros. novas luzes e gemidos. fase de adaptação. com apenas 50. aos 70, aos 80. depois de uma crise. após um acidente. quando já não é seguro viver desamparado, porque o equilíbrio não chega para ir com sucesso ao wc.

na volta uma certeza: uma parte de nós nem chegará a esta fase. outros chegarão conscientes e outros entre o hospital e um lar, também à mercê, andarão transportados. outra parte há que será saudável, lúcida e mais resistente à demanda. mas ainda assim, viverá para ser dependente.
nascemos carentes, despidos e vulneráveis. é muito provável que acabemos numa cama, expostos, mais sós, mais reais. voltamos a ser vulgares e despersonalizados.
"era doutora, funcionária pública." "foi um sr com muito dinheiro. a familia roubo-lhe tudo. um familiar avançou para o tribunal." "tem muito património, mas morreu o marido, deprimiu e ficou assim. tem apenas 52." "não recebe visitas. puseram-no aqui e nunca mais cá voltaram".
podia fazer aqui uma paródia, porque na velhice ri-se. e hei-de contar o que assisti, digno de partilha. mas o cru daquelas horas quero congelar agora. como saímos das entranhas e nos tornamos pessoa estranha?
"era doutora, funcionária pública." "foi um sr com muito dinheiro. a familia roubo-lhe tudo. um familiar avançou para o tribunal." "tem muito património, mas morreu o marido, deprimiu e ficou assim. tem apenas 52." "não recebe visitas. puseram-no aqui e nunca mais cá voltaram".
podia fazer aqui uma paródia, porque na velhice ri-se. e hei-de contar o que assisti, digno de partilha. mas o cru daquelas horas quero congelar agora. como saímos das entranhas e nos tornamos pessoa estranha?
noutra ponta da cidade, ainda nem passadas 24 horas, hormonas ao rubro pelos corredores de uma faculdade. grupos no café, uns ao Sol. os livros para estudar, a palmada nas costas, a sensualidade, o encantamento. o romance. a beleza. o tique, o jeito. a preocupação com o cabelo. o penteado. o padrão da roupa. ou a diferença pelo estilo. o perfume misturado com o suor. os olhares atentos. a conquista.
todo o esforço é para o futuro. não há tempo para chegar a horas à aula. o mundo das descobertas a nascer a cada instante.
o contraste da nossa vida. e a consciência de que um dia, numa provável correlação significativa, estamos no mesmo lar. no mesmo hospital. na mesma situação. na mesma montra. na mesma carência. na mesma dependência.
duvido que naquelas veias se vislumbre uma só célula com uma pequena visão que seja do caminhar para a realidade do passado.
certeza, nascemos e morremos sós.
certeza, nascemos e morremos sós.
horas depois, numa escola básica. paredes forradas a testemunhos de constantes produções: mãos pintadas e calcadas sobre telas, balões pendurados, desenhos da praia, da bola, da borboleta, da moto, do castelo, do passeio. onde mora a cor. brinca-se pelo chão, à bola, salta-se, as pernas dobram-se como borracha e os sorrisos soltam-se sem comando. debaixo de regras, mas acima da força de qualquer ruga ou expressão de zanga. sinfonia de gritaria da miudagem que brinca sem noção do tempo, porque se vive o presente. o presente do momento da brincadeira. amanhã há mais. amanhã brincamos, está bem?
10.1.12
não são as regras...
não são as regras que me páram diante do objectivo. escrevo como quero, me apetece e surge na mente. escrevo o que cheiro e vejo, penso e reflicto. terei de me vergar e aceitar o novo acordo ortográfico, mas continuo resistente (a aceitaçao é das tarefas mais difíceis).
estudei que todos nós oferecemos "resistência à mudança". agora a questão é mudar as palavras [a-s-p-a-l-a-v-r-a-s]: "actos" por "atos", "factos" por "fatos", "objectivo" por "objetivo" e isto custa.
parar-para-pensar como escrevo. como não bastasse, quando leio soa a: "português do Brasil".

será que qualquer dia convencem o SOL a pôr-se mais tarde, assim só de vez em quando, para que as pessoas trabalhem mais? ou para que as pessoas permaneçam mais tempo nas esplanadas e consumam mais? ou para andarem mais de carro e gastarem mais combustível?!
raios dos motivos económicos! não seria mais apropriado aplicar o dinheiro gasto no novo acordo ortográfico em aulas de mandarim? investimento na cultura e no futuro da economia.
raios, voltei à economia!!!!
ok. arroz xau xau.
28.12.11
segredos, seres que existem
todos temos cá dentro. de amor e ódio. de coisas que são só nossas. momentos e lembranças. e até poderíamos querer deitá-las fora, mas são nossas e fazem de nós os seres que existimos. deixamos que fiquem, quentes e escuros, guardados e enrolados. deixamos que permaneçam.
seres que existem através de nós, até sermos.
quem quiser traduzir por palavras vos digo que seria tempo de pouco proveito. chegarão as palavras para tal? bastarão essas tolas? mesmo aos amigos mais queridos, essas coisas quando ditas passariam a ser de outros como nós e, talvez ainda não tenham pensado nisso, mas provavelmente seriam de pouca compreensão. ofuscadas pela parte inflexível das palavras, pois mesmo o mínimo brilho que delas guardamos, incorre o risco de se esconder pelas letras tão padronizadas. mesmo assim, há quem se aventure na tentativa de trocá-las por palavras.
essas coisas que sentimos e mesquinhamente nos doem o pensamento e a alma são aqueles segredos!
os segredos existem enquanto somos.
aos que amamos e odiamos. as coisas que apenas a nós dizem respeito. são muitas e não pensem que escapam, não tenham nisso fé. quem vive inevitavelmente os criou. porque a vida é feita por uma parte que se vê, dá-se, traduz-se e outra dorida, sem cor e corpo e com m-u-i-t-a-a-l-m-a.
são nossos e sempre o serão.
e mesmo à alma que me conhece, a quem sou sincera, mesmo a essa, a quem sou tudo e quero todo o bem, não chegam 100 anos para tê-los, lê-los e compreendê-los.
podem ter voz. quando canto em tom de dor é apenas meu o som que trago em mim. tem dias que é som de alma, e outros com alma de outros. mas é minha a alma onde me guardo e onde cabem os meus segredos.
são pensamentos, ideias, amores e ódios. aquilo que sentimos.
segredos, seres que existem.
seres que existem através de nós, até sermos.
quem quiser traduzir por palavras vos digo que seria tempo de pouco proveito. chegarão as palavras para tal? bastarão essas tolas? mesmo aos amigos mais queridos, essas coisas quando ditas passariam a ser de outros como nós e, talvez ainda não tenham pensado nisso, mas provavelmente seriam de pouca compreensão. ofuscadas pela parte inflexível das palavras, pois mesmo o mínimo brilho que delas guardamos, incorre o risco de se esconder pelas letras tão padronizadas. mesmo assim, há quem se aventure na tentativa de trocá-las por palavras.
essas coisas que sentimos e mesquinhamente nos doem o pensamento e a alma são aqueles segredos!
os segredos existem enquanto somos.
aos que amamos e odiamos. as coisas que apenas a nós dizem respeito. são muitas e não pensem que escapam, não tenham nisso fé. quem vive inevitavelmente os criou. porque a vida é feita por uma parte que se vê, dá-se, traduz-se e outra dorida, sem cor e corpo e com m-u-i-t-a-a-l-m-a.
são nossos e sempre o serão.
e mesmo à alma que me conhece, a quem sou sincera, mesmo a essa, a quem sou tudo e quero todo o bem, não chegam 100 anos para tê-los, lê-los e compreendê-los.
podem ter voz. quando canto em tom de dor é apenas meu o som que trago em mim. tem dias que é som de alma, e outros com alma de outros. mas é minha a alma onde me guardo e onde cabem os meus segredos.
são pensamentos, ideias, amores e ódios. aquilo que sentimos.
segredos, seres que existem.
10.11.11
um pouco melhor qualquer coisa

senti-me grande quando todos tivémos a liberdade de fechar os olhos e apenas pensar para dentro de nós, sobre nós, os nosso sonhos.
grata todos os dias por poder estar a viver este momento e em Portugal. e poder estar em contacto com tantas mentes fantásticas que partilham. eu, a louca. o "eu" que parece adormecido e que está sempre em criação.
boa noite mundo que avança em silêncio e que constantemente se auto-cria e recria, que todos os dias por fazer isso torna um pouco melhor qualquer coisa. e qualquer coisa és tu mundo, esse que é parte de cada um de nós, e do qual cada um de nós faz parte.
7.9.11
através das pessoas
a ver para além das pessoas aprendi com crianças, são apenas crianças.
mesmo se alguém lhes lê outra alma. o azeite não se mistura com a água, flutua.
não é fácil ao início, porque nos ensinam a ver o óbvio. pedem-nos que sejamos objectivos, mas elas, as crianças, comunicam de todas as formas.
é apenas criança. ver para além das pessoas.
tive uma experiência de um mês e meio que me parece ficar para a vida. todos os dias que as deixava sentia que aprendia sobre mim.
foi então um mês e meio de auto-conhecimento, de auto-controlo e auto-limites.
"Professora, porque tem essas manchas debaixo dos braços?"
suei bastante. ouvi bastante. até que gritei. uma aluna pediu-me que gritasse. não gosto de gritar para manter a ordem. mas fui até um canto e experimentei: resultou. todos ouviram e a partir daquele momento foi diferente. ainda assim, não gosto de gritar.
todas aquelas crianças estão habituadas a gritos, a castigos desmedidos e apontarem o dedo uns aos outros. foi estranho. sempre que alguma coisa acontecia alguém facilmente dizia quem o tinha feito, quem tinha gritado ou batido com a porta. como fazer crianças entender que até alguém perguntar não precisam denunciar os colegas? e que cada um é responsável por si,... responde por si?
"Professora, cheira bem." as crianças reparam em nós. e quando nos desenham isso nota-se.
aquelas crianças são educadas no medo. e isso é medonho! quando me aproximava diminuiam de tamanho. repeti vezes sem conta: "aqui ninguém bate em ninguém. aqui conversamos."
às vezes não havia intervalo. às vezes tem de ser. são apenas crianlas.
como acredito que somos animais de hábitos, habituei-me a repetir muitas vezes a mesma coisa.
pedir desculpa, sim. não denunciar ninguém, não, por favor.
no início todos esticaram a corda. não os entendia bem e eles não tinham regras naquela aula.
escrever regras. lembrar regras. regras simples. já todos as lembravam uns aos outros.
aos mais irrequietos pedi-lhes que escrevessem uma carta aos pais. até deu dó. a carta era guardada e quando se portavam mal havia uma carta para entregar aos pais escrita por eles a explicar porque tinham tido um comportamento que dificultava a aula aos colegas.
foram crianças do início ao fim. ouviamos música juntos. experimentámos exercícios de respiração e finalmente, preparámos a festa de final de ano. mesmo os que tentaram por dinamite na preparação, no dia da festa, até esses foram anjos. foram crianças do início ao fim.
aprendi com crianças a ver através e para além das pessoas.
mesmo se alguém lhes lê outra alma. o azeite não se mistura com a água, flutua.
não é fácil ao início, porque nos ensinam a ver o óbvio. pedem-nos que sejamos objectivos, mas elas, as crianças, comunicam de todas as formas.
é apenas criança. ver para além das pessoas.
tive uma experiência de um mês e meio que me parece ficar para a vida. todos os dias que as deixava sentia que aprendia sobre mim.
foi então um mês e meio de auto-conhecimento, de auto-controlo e auto-limites.
"Professora, porque tem essas manchas debaixo dos braços?"
suei bastante. ouvi bastante. até que gritei. uma aluna pediu-me que gritasse. não gosto de gritar para manter a ordem. mas fui até um canto e experimentei: resultou. todos ouviram e a partir daquele momento foi diferente. ainda assim, não gosto de gritar.
todas aquelas crianças estão habituadas a gritos, a castigos desmedidos e apontarem o dedo uns aos outros. foi estranho. sempre que alguma coisa acontecia alguém facilmente dizia quem o tinha feito, quem tinha gritado ou batido com a porta. como fazer crianças entender que até alguém perguntar não precisam denunciar os colegas? e que cada um é responsável por si,... responde por si?
"Professora, cheira bem." as crianças reparam em nós. e quando nos desenham isso nota-se.
aquelas crianças são educadas no medo. e isso é medonho! quando me aproximava diminuiam de tamanho. repeti vezes sem conta: "aqui ninguém bate em ninguém. aqui conversamos."
às vezes não havia intervalo. às vezes tem de ser. são apenas crianlas.
como acredito que somos animais de hábitos, habituei-me a repetir muitas vezes a mesma coisa.
pedir desculpa, sim. não denunciar ninguém, não, por favor.
no início todos esticaram a corda. não os entendia bem e eles não tinham regras naquela aula.
escrever regras. lembrar regras. regras simples. já todos as lembravam uns aos outros.
aos mais irrequietos pedi-lhes que escrevessem uma carta aos pais. até deu dó. a carta era guardada e quando se portavam mal havia uma carta para entregar aos pais escrita por eles a explicar porque tinham tido um comportamento que dificultava a aula aos colegas.
foram crianças do início ao fim. ouviamos música juntos. experimentámos exercícios de respiração e finalmente, preparámos a festa de final de ano. mesmo os que tentaram por dinamite na preparação, no dia da festa, até esses foram anjos. foram crianças do início ao fim.
aprendi com crianças a ver através e para além das pessoas.
23.7.11
RIP Amy Winehouse

a morte encerra em si um pano negro.
entristece-me sempre quando alguém morre e isso podia ter sido evitado. como quando alguém morre por fome. quando alguém morre muito novo. quando alguém com talento acaba por morrer com uma grande dor, angústia e sofrimento. quando alguém se mata e, em desespero, não encontra motivos para arriscar viver + 24h.
as pessoas são cruéis e esquecem-se de lembrar aos outros que nem tudo o que parece é, que é normal haver dias bons e menos bons. e aqueles mesmo maus acontecem a todos.
na minha pré-adolescência assisti a muitas perdas de pessoas. era frequente encontrar seringas, vestígios de um xuto ou cruzar-me com vizinhos que viviam diariamente o mundo da droga. támbém houve boas surpresas, pessoas que sairam da droga. eles existem. hoje a toxicodependência tem outros contornos. em Portugal a realidade alterou-se. houve um grande esforço das instituições, do Estado, da sociedade para tratar este problema que atinguiu muitas familias, essas que guardam as marcas, as histórias, as fotos e o luto.
qualquer um de nós entende que um toxicodependente não está bem, não vive em bem-estar na sua vertente física e mental e precisa de ajuda. precisa de aceitação. o próprio deixou de acreditar em si, às vezes não reconhece o seu problema como um problema e deposita pouco crédito nos motivos para fazer diferente. às vezes não é o único doente! pode ser o sintoma de um desiquilibrio maior, familiar.
na Psicologia é frequente dizer-se que a toxicodependência não é a verdadeira doença do paciente, normalmente, é o sintoma de que algo não está bem. como acontece com outras doenças.
esta apenas se vê muito bem e é impossível manter escondida durante muito tempo.
algumas memórias da Amy não são muito diferentes do desfecho da sua vida.
recordo o concerto dela em Portugal no Rock in Rio, no 1º dia e que já foi "histórico" pela actuação escandalosa da cantora.
o que fez dela uma artista guardo muito bem com toda a certeza: os álbuns, as músicas, a sua silhueta, aparência tão característica e a voz inconfundível. jamais esquecerei o olhar dela com os olhos pintados de uma forma única.
vale a pena lembrar que outras artistas como ela, grandes mesmo, tiveram este desfecho, morreram novas, e continuam a ser clássicas. as grandes, Elis Regina e Janis Joplin. seja ou não da droga, algo não estava nada bem na vida desta mulher que apenas com 27 anos marca a história da música.
pergunta: porque é que pessoas talentosas não usam TODAS as suas capacidades?
20.7.11
se eu quiser falar com Deus
Olá.
Serás tu alguém que já procurou falar com Deus?
"Se eu quiser falar com Deus", este som que a Elis canta à capela é intenso e refere o que podemos fazer nesse momento.
Existem pessoas que em algum momento da vida procuram Deus. De certo todos conhecemos alguém que o tenha feito ou o faça.
Na obra "Comer Orar e Amar", depois feito filme, há um momento em que a personagem principal, Liz, num momento de grande angústia, sofrimento, solidão está no wc e procura Deus. Esta passagem é fantástica porque responde a algumas questões que qualquer pessoa que tente falar com Deus encontra.
A Elis, sempre a grande voz, com uma dicção sem igual, canta-nos como pode ser esse momento.
Ouvido assim contina a ser um momento forte. Vale a pena escutar.
Dizem que nascemos e morremos sós. E tu, pensarás o mesmo?
Serás tu alguém que já procurou falar com Deus?
"Se eu quiser falar com Deus", este som que a Elis canta à capela é intenso e refere o que podemos fazer nesse momento.
Existem pessoas que em algum momento da vida procuram Deus. De certo todos conhecemos alguém que o tenha feito ou o faça.
Na obra "Comer Orar e Amar", depois feito filme, há um momento em que a personagem principal, Liz, num momento de grande angústia, sofrimento, solidão está no wc e procura Deus. Esta passagem é fantástica porque responde a algumas questões que qualquer pessoa que tente falar com Deus encontra.
A Elis, sempre a grande voz, com uma dicção sem igual, canta-nos como pode ser esse momento.
Ouvido assim contina a ser um momento forte. Vale a pena escutar.
Dizem que nascemos e morremos sós. E tu, pensarás o mesmo?
26.5.11
el critica
diz por aí que: tens de crescer para
... seres alguém
... seres independente
... teres uma profissão
... teres um bom trabalho
... teres uma familia
diz por aí que: eles não sabem
... nem sonham
... o espaço de sonhar
... muito de si
... muito do humano
... acreditar que é bom ter medo
... acreditar que é saudável ter coragem
... que a critividade é uma grande riqueza
... que nascemos com um músculo pouco conhecido, o cérebro
... que temos um coração que sente tudo
... que os infelizes são surdos de si mesmos
... que as maiores barreiras são os nossos limites
diz por ai que: quem sabe
... saberão
... alguém lhes pode lembrar
... já o sentiram
... vivem no medo
... escondem isso de si
diz por aí que: quanto mais auto critica
... menos se é espontâneo
... mais se vive oprimido
... mais se afasta de si
... menos se é criativo
... maior dificuldade em deixar fluir
diz por ai que: vivenciar
... traz memória
... é humano
... é estar certo
... às vezes
... é estar errado
... é viver
... é sentir a vida através da experiência
... é tentar
... é simplesmente deixar ser
... é permitir qualquer coisa a nós mesmos
... é confirmar que é posível
... é dizer ao meu ego que estou vivo
... é lembrar-me que posso
Boa noite mundo do "diz por aí que".
Dorme em todo o lado a criatividade e não mora em nenhuma parte certa.
... seres alguém
... seres independente
... teres uma profissão
... teres um bom trabalho
... teres uma familia
diz por aí que: eles não sabem
... nem sonham
... o espaço de sonhar
... muito de si
... muito do humano
... acreditar que é bom ter medo
... acreditar que é saudável ter coragem
... que a critividade é uma grande riqueza
... que nascemos com um músculo pouco conhecido, o cérebro
... que temos um coração que sente tudo
... que os infelizes são surdos de si mesmos
... que as maiores barreiras são os nossos limites
diz por ai que: quem sabe
... saberão
... alguém lhes pode lembrar
... já o sentiram
... vivem no medo
... escondem isso de si
diz por aí que: quanto mais auto critica
... menos se é espontâneo
... mais se vive oprimido
... mais se afasta de si
... menos se é criativo
... maior dificuldade em deixar fluir
diz por ai que: vivenciar
... traz memória
... é humano
... é estar certo
... às vezes
... é estar errado
... é viver
... é sentir a vida através da experiência
... é tentar
... é simplesmente deixar ser
... é permitir qualquer coisa a nós mesmos
... é confirmar que é posível
... é dizer ao meu ego que estou vivo
... é lembrar-me que posso
Boa noite mundo do "diz por aí que".
Dorme em todo o lado a criatividade e não mora em nenhuma parte certa.
29.4.11
gira o mundo
pensámos todos no outro dia sobre "o que move o mundo".
apareceram respostas como ambição, dinheiro, amor, sexo, inveja.
acho que foi isto.
passaram 2 dias e volto a recordar a Madonna que disse algo como "o sexo faz o mundo girar".
nem me recordo onde li isto, mas já foi há muito tempo. guardei porque era bem mais nova e fez-me pensar. guardei e aos 31 (quase 32) volto a pegar nela.
sinceramente, não é muito diferente do que penso hoje. o sexo, o amor. o amor e o sexo.
claro que a economia decide o mundo. resta saber o que move os homens e as mulheres que decidem a economia. só a ganância?
não consigo separar homem, querer e emoção. 24horas tudo separadinho?! como?
ganância tem emoção? claro.
mas o dinheiro não é apenas o poder sobre o mundo.
o dinheiro traz e faz o poder sobre pessoas.
e as pessoas exercem poder umas nas outras.
ajuda-me acreditar que mesmo assim, há sempre uma qualquer relação de emoção por trás de quase tudo.
e o "quase tudo" são roupas de religião, guerra, conflitos, pobreza e problemas graves.
todos mascarados.
não consigo dar todo esse poder à economia, porque a economia faz-se de homens e para homens. mesmo que de si para si. e o que move os homens?
move-me a admiração. e o sonho.
o dinheiro procuro-o para os sonhos. para os meus, claro. pequenos, talvez, são meus.
ajuda quem podes. resolve os teus problemas. e assim giro o mundo!
apareceram respostas como ambição, dinheiro, amor, sexo, inveja.
acho que foi isto.
passaram 2 dias e volto a recordar a Madonna que disse algo como "o sexo faz o mundo girar".
nem me recordo onde li isto, mas já foi há muito tempo. guardei porque era bem mais nova e fez-me pensar. guardei e aos 31 (quase 32) volto a pegar nela.
sinceramente, não é muito diferente do que penso hoje. o sexo, o amor. o amor e o sexo.
claro que a economia decide o mundo. resta saber o que move os homens e as mulheres que decidem a economia. só a ganância?
não consigo separar homem, querer e emoção. 24horas tudo separadinho?! como?
ganância tem emoção? claro.
mas o dinheiro não é apenas o poder sobre o mundo.
o dinheiro traz e faz o poder sobre pessoas.
e as pessoas exercem poder umas nas outras.
ajuda-me acreditar que mesmo assim, há sempre uma qualquer relação de emoção por trás de quase tudo.
e o "quase tudo" são roupas de religião, guerra, conflitos, pobreza e problemas graves.
todos mascarados.
não consigo dar todo esse poder à economia, porque a economia faz-se de homens e para homens. mesmo que de si para si. e o que move os homens?
move-me a admiração. e o sonho.
o dinheiro procuro-o para os sonhos. para os meus, claro. pequenos, talvez, são meus.
ajuda quem podes. resolve os teus problemas. e assim giro o mundo!
30.3.11
o poder do relógio da imaginação
“Todo mundo sabe que o tempo é a Morte, que a Morte se esconde em relógios. Contudo, impondo outro tempo, movido pelo Relógio da Imaginação, pode-se recusar essa lei (...) ”
Federico Fellini
Federico Fellini
20.3.11
erros
a maior parte dos meus erros, cometidos por me afastar dos meus quereres.
figueira, 2011
p.s. e são todos meus. que ninguém tente assumi-los.
figueira, 2011
p.s. e são todos meus. que ninguém tente assumi-los.
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