Por onde voa esta fita, de histórias e memórias?
Estas cenas que filmamos nas células do nosso corpo, nos olhos dos nossos outros e nas fotos que guardamos?
Pela janela... por onde passa uma voz longínqua e baixinha, entram os meus olhos próximos e altivos.
Pela janela vem a vida que me chama e me acorda.
Janelas acordadas com luz quebrada e amarelada, por onde se extende uma mão que nos puxa para o real, que nos lembra que o tempo não pára, que nos... fala!
Hoje a janela aberta deixa entrar os raios da estrela que nasce para todos. Atraida pela luz... lá fora brilha o contínuo... esgueiro-me, espreito a janela vivaça e debruço-me para o dia!
Percorro então as películas e escolho as importantes, algumas revelam-se, outras já o eram.
Agora reformulo a história do futuro, desejo com a mente os dias que virão, ponho fé no acto de abrir a janela e dedico o tempo a compor curtas-metragens que um dia vou querer bisbilhotar sem ilusão, mas emoção.
Hoje selecciono a atenção, porque janelas há muitas, mas a vida é uma e está na nossa mão.
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