8.9.08

tudo muda em segundos

corri para longe naquela manhã em que acordei, manhã de inverno quente em que me pediste para ficar. não podia olhar mais os teus olhos nem suportar o teu acordar. não fui capaz de partilhar o teu íntimo despertar. quando no atalho da vida surgem uns braços decorados com carinho, sente-se que se abusa de tudo e todos se não se traçou já o caminho.
cruzámo-nos neste espaço. foi embora a imagem de antes porque nas leis da vida ultrapassámos as fronteiras dos momentos quentes. o peso que traziam as tuas palavras verdadeiras, descai agora para o falso quando vejo as tuas tristes brincadeiras... nunca serias mais um se voltasses tu a acreditar na tua mesma imagem de firmeza. sem tu creres, torna-se tão difícil lembrar o que és para lá da tua beleza. sujos os teus passos... não são claros nem consistentes... está na génese de pessoas como nós sabermos que tudo muda em segundos, mas os sentimentos são sempre possíveis de escutar, como o som de comuns crianças a brincar livres e contentes.

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