12.10.08

rugas desejadas

descubro nos erros que perdoo a mim mesma, os limites que me tornam alguém.

as máquinas têm capacidades, nós temos emoções.

na contrariedade do EU encontro-me finalmente.
é no que vou saber que ainda não vi que vou encontrar o que já alguém tinha visto.
e ainda estou a tempo. estarei sempre a tempo de perceber que nesta passagem podemos escrever as páginas fiéis ao que somos hoje.

se não conhecermos os limites, um dia esbarramos neles.
se nesso jogo não nos emocionarmos, então aceitamos ser as máquinas que não perdem força e que um dia envelhecem e tomam postos por antiguidade. apenas por isso sabem que ainda existem.

nos buracos que entramos, outrora trazidos à consciência por quem nos protege, fazemos tremendas viagens que guardamos nos nossos espelhos.
todas se vêem em cada ruga, e um dia enrugo a minha face com emoção ao lembrar um dos escadotes do meu passado.

não, não somos portfolios de outras vidas, porque o que segue não são imagens fixas pela retina, mas as emoções, e essas têm o som de cavalos selvagens e não de locomotivas!

e é das emoções que não me separo.
é através delas que me liberto.
são as emoções que me lembram a importância de amanhã.
e é nelas que confio porque me deixam ser quem sou.

1 comentário:

Mestre disse...

Miuda,

As emoções são parte de nós mas, como tudo, devem ser controladas sobre pena do coração ser mais forte que a cabeça. É importante manter os pratos da balança equilibrados e ir desfrutando.

Bjnho emocionado. ;-)