parados na vida se a vida parasse
agarrados ao chão se o dia mudasse
calados de opinião se o amanhã se adivinhasse
tontos de amor sem que o mundo nos avisasse
e cegos sorrimos descalços na areia
com o mar de fundo e o céu de moldura
e despidos de medo e do que a vida não premeia
corámos por descobrir uma companhia segura
se a vida parasse seguíamos na vida
se o dia mudasse saltávamos do chão
se o amanhã se adivinhasse já não havia paixão
e o mundo não nos sabia, porque a sua memória é esquecida
ai! se tu te refugias no se
se te escondes da intuição
se não te calas um momento
vais cansar o teu coração
porque ele precisa de compaixão
de atenção
de reconcialiação
e se ele fala e nunca o escutas
se se sente preterido
vai cansar-se de bater num ouvido curto
contudo, se o abraçares sem amarras
se o olhares gracioso
vai querer-te orgulhoso
apoiar-te sem receio
vai dizer-te em segredo
que és um coração tonto e vaidoso
no espaço que medeia entre o sopro e o seu estímulo
não se sabe o que existe
na força que o impele e no ar que ele move
não se sabe de onde vem
mas sabe-se que é um movimento com efeito
e se sente um conforto que sabe bem
30.11.08
8.11.08
preso
não sabia
embora no adeus
uns olhos entrelaçados
que sentem e ardem
que são, serão sempre
o que te iriam fazer... foge disso!
foi no adeus que fiquei
tu um passo antes
os meus dedos calados e os teus suados!
ultrapassado esse dia
fechado e curado no passado
agora que te soube sem escolha
preso a uma teoria que alimentas
preso por nada
embora te mintas, ainda me achas o anjo que não sou
que não fui
nunca serei
os filmes em que te atormentas
são cenas da vida passada
este tempo é o de agora
porque não o enfrentas?
não sou paranóica
sou teimosa
não sou doente
nem vidente ou demente!
tenho os olhos no amanhã, o coração no agora e os braços serenos.
tenho a vida por adivinhar e tantos beijos para dar!
calor para receber,
mistérios guardados,
segredos meus,
histórias que me tornam eu!
e sem perceber, ficaste preso neste brilho meu.
os génios não existem,
as fadas são imaginação,
a vida é um conto,
porque não a vivem os humanos com emoção?
mas não a sofrivel apenas,
não têm as aves só penas!
elas voam!
sonho que tentas não ficar em baixo com as coisas tristes que vês através das lentes,
há dias diferentes,
e cada dia tem algo de novo,
algo que consegues ver se te permitires.
tenho a certeza disto, mesmo que amanhã fique laminada como um cutel, de cotas para o Sol, eu sei, ele vai tocar na mesma a minha pele.
embora no adeus
uns olhos entrelaçados
que sentem e ardem
que são, serão sempre
o que te iriam fazer... foge disso!
foi no adeus que fiquei
tu um passo antes
os meus dedos calados e os teus suados!
ultrapassado esse dia
fechado e curado no passado
agora que te soube sem escolha
preso a uma teoria que alimentas
preso por nada
embora te mintas, ainda me achas o anjo que não sou
que não fui
nunca serei
os filmes em que te atormentas
são cenas da vida passada
este tempo é o de agora
porque não o enfrentas?
não sou paranóica
sou teimosa
não sou doente
nem vidente ou demente!
tenho os olhos no amanhã, o coração no agora e os braços serenos.
tenho a vida por adivinhar e tantos beijos para dar!
calor para receber,
mistérios guardados,
segredos meus,
histórias que me tornam eu!
e sem perceber, ficaste preso neste brilho meu.
os génios não existem,
as fadas são imaginação,
a vida é um conto,
porque não a vivem os humanos com emoção?
mas não a sofrivel apenas,
não têm as aves só penas!
elas voam!
sonho que tentas não ficar em baixo com as coisas tristes que vês através das lentes,
há dias diferentes,
e cada dia tem algo de novo,
algo que consegues ver se te permitires.
tenho a certeza disto, mesmo que amanhã fique laminada como um cutel, de cotas para o Sol, eu sei, ele vai tocar na mesma a minha pele.
3.11.08
grito
ao longo da vida
as coisas que vão e que ficam
as que ficam e que foram
as que entram e que nos mantêm os olhos fechados para sentir o seu intenso
as coisas simples
simplesmente porque o são
fazem a sua diferença
exactamente onde quero estar
não sei quando voltamos a entrar
não sei quando voltamos a estar
mas sei que a acreditar sabemos
mas sei que algum dia, não sei quando,
em alguma parte, debaixo de uma nuvem,
voltamos a chocar
para simplificar faz sentido cada dia
mas ajudar importa saber
que o grito que ouvimos cá dentro
é para ser respeitado
aquele que não cala com alguém bonito
e, sem saber porquê, algures sei que é escutado
respeito os meus gritos
oiço-os agora
e para que não fique mouca para mim
agradeço cada grito que não ouvi
para saber que este é aquele
o da crença que nos faz saber
que ser por ser
não é para mim
o ser por estar
não é para mim
o ter por ter, dar por dar, não me satisfaz
e um dia,
um dia o grito desfaz o complicado,
simples no seu acto, até o Sol será capaz de saber,
mas é preciso que eu me oiça sempre
para que à noite me encontre com a Lua
e traga de volta o que me deixa assim,
crente no simples
saberá alguém o que isso é?
será tarde?
nah, se o princípio é descomplicar, isso seria complicar.
digo-o eu: acho que é no simples que encontramos o que por vezes em nós pode andar disperso.
as coisas que vão e que ficam
as que ficam e que foram
as que entram e que nos mantêm os olhos fechados para sentir o seu intenso
as coisas simples
simplesmente porque o são
fazem a sua diferença
exactamente onde quero estar
não sei quando voltamos a entrar
não sei quando voltamos a estar
mas sei que a acreditar sabemos
mas sei que algum dia, não sei quando,
em alguma parte, debaixo de uma nuvem,
voltamos a chocar
para simplificar faz sentido cada dia
mas ajudar importa saber
que o grito que ouvimos cá dentro
é para ser respeitado
aquele que não cala com alguém bonito
e, sem saber porquê, algures sei que é escutado
respeito os meus gritos
oiço-os agora
e para que não fique mouca para mim
agradeço cada grito que não ouvi
para saber que este é aquele
o da crença que nos faz saber
que ser por ser
não é para mim
o ser por estar
não é para mim
o ter por ter, dar por dar, não me satisfaz
e um dia,
um dia o grito desfaz o complicado,
simples no seu acto, até o Sol será capaz de saber,
mas é preciso que eu me oiça sempre
para que à noite me encontre com a Lua
e traga de volta o que me deixa assim,
crente no simples
saberá alguém o que isso é?
será tarde?
nah, se o princípio é descomplicar, isso seria complicar.
digo-o eu: acho que é no simples que encontramos o que por vezes em nós pode andar disperso.
2.11.08
ver o mundo
Boa noite :)
Preparados para mais uma semana? Quando sentimos que o mundo muda em apenas um minuto, um segundo, uma curva, uma batida, então conta pouco o cansaço que carregamos quando nos lançámos a um fim-de-semana em família.
Na mala cheia de mimos e sorrisos, na estrada os traços da A1 e da A23 são compensados. O Fundão está mais perto!
Houve tempo e coragem para enfrentar um termómetro a marcar os ZERO graus para ver e ouvir David Fonseca e Rita Red Shoes à Covilhã. Eu com os primos, mais os meus 29 anos, estávamos na recepção ao caloiro a vibrar com um palco cheio de espectáculo. Tirando o facto do David (OH David!?) não ter cantado Hold Still com a Rita, assistimos a um show por 15€. Luzes, sons, pessoas, emoções, ritmos, dança, momentos... Vestiu-se de astronauta, levou o telefone para o palco e ainda andou em cima de um pé agarrado à guitarra! Prendeu o pavilhão, acho que até os que tinham niveis de cevada acima da média!...
A música "não afastes os teus olhos dos meus" foi tocada i.m.p.e.c.a.v.e.l.m.e.n.t.e. e isso tocou-me.
David à parte, a Rita com os seus sapatos vermelhos foram também surpreendentes! Sei que vai estar com os Keane no Coliseu e já lamento não estar numa 4ª feira a assistir a mais um espectáculo.
Com tudo isto, aqui vamos nós, entramos em Novembro com olhos postos nas épocas festivas.
Fechamos o fim-de-semana dos santos, e vamos a ouvir anjos até ao fim de mais um ano.
Juntamos palmas à vida, e vida ao mundo.
E como vês agora o mundo?
I’m sure you’ll tell me something new, Yeah I can see the world through you.
Preparados para mais uma semana? Quando sentimos que o mundo muda em apenas um minuto, um segundo, uma curva, uma batida, então conta pouco o cansaço que carregamos quando nos lançámos a um fim-de-semana em família.
Na mala cheia de mimos e sorrisos, na estrada os traços da A1 e da A23 são compensados. O Fundão está mais perto!
Houve tempo e coragem para enfrentar um termómetro a marcar os ZERO graus para ver e ouvir David Fonseca e Rita Red Shoes à Covilhã. Eu com os primos, mais os meus 29 anos, estávamos na recepção ao caloiro a vibrar com um palco cheio de espectáculo. Tirando o facto do David (OH David!?) não ter cantado Hold Still com a Rita, assistimos a um show por 15€. Luzes, sons, pessoas, emoções, ritmos, dança, momentos... Vestiu-se de astronauta, levou o telefone para o palco e ainda andou em cima de um pé agarrado à guitarra! Prendeu o pavilhão, acho que até os que tinham niveis de cevada acima da média!...
A música "não afastes os teus olhos dos meus" foi tocada i.m.p.e.c.a.v.e.l.m.e.n.t.e. e isso tocou-me.
David à parte, a Rita com os seus sapatos vermelhos foram também surpreendentes! Sei que vai estar com os Keane no Coliseu e já lamento não estar numa 4ª feira a assistir a mais um espectáculo.
Com tudo isto, aqui vamos nós, entramos em Novembro com olhos postos nas épocas festivas.
Fechamos o fim-de-semana dos santos, e vamos a ouvir anjos até ao fim de mais um ano.
Juntamos palmas à vida, e vida ao mundo.
E como vês agora o mundo?
I’m sure you’ll tell me something new, Yeah I can see the world through you.
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