Porque há coisas que não têm explicação, o medo de errar ou falhar no amor parece fazer com que num momento único coloque tudo em causa e ponha os pés pelas mãos. E quando procuro a explicação, saem as maiores estupidezes.
Num fundo sem medida deparo-me com um medo que desconhecia. Que toma conta de tudo: o corpo fica seguro e não sereno, os olhos gelados e a cabeça pede ao corpo que dê sinal de paz e se deixe controlar pelo coração. Sinto uma força tão grande, tão egoísta, que dá alento às palavras mais duras e sustenta a ideia de que tudo na vida se controla.
Não me lembro de amar com tanto medo.
Erradamente deixo que o medo entre em cena e se torne a personagem principal. Erradamente deixo que ele me acautele. Egoisticamente, esqueço tudo o que de melhor pode haver na vida e os olhos vêm pouco: apenas o vento que move o medo.
Felizmente, sou uma pessoa de sorte! Tenho quem me agarre e me empurre para um palco seguro. Tenho do meu lado quem nesse momento consegue chegar até mim e, sem palavras, lembrar-me que vale a pena viver amor sem o medo e: ACREDITAR.
És sempre tudo, mesmo quando me sinto NADA.
(11/21/2005)
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