24.8.12

na 1ª hora do dia

importamos ideias da américa com facilidade e isso está na nossa história e cultura. ocorre-me o fast food, as pipocas no cinema e, acima de tudo, a história do marketing. os americanos conseguem colocar o conhecimento ao serviço do marketing e criar MEGA campanhas.
associo aos americanos as dicas para o sucesso e a imagem de uma pessoa no palco a falar com fervor e muito entusiasmo, para uma plateia vidrada e a bater palmas.
hoje recebi um post sobre o que fazer na 1º hora do dia. o que fazem as pessoas de sucesso nesse momento? nomes como David Karp (americano, um fenómeno!), Tony Robbins (americano) e Brain Tracy (canadense) surgem nas respostas.
algumas dicas:
- não ver o email antes de chegar ao trabalho:"ler emails em casa não faz bem, nem é produtivo", Karp;
- 1 hora, 30' ou 15' de lazer: exercício, rituais de motivação, agradecer pelo que se está grato,  e visualizar o que se quer da vida como se o tivesse hoje, Tony Robbins;
- escolher  e engulir o maior sapo, i.e., começar pela tarefa mais complexa, demorada, que menos gostamos, supondo que as tarefas seguintes serão "canja" (o livro de Brain Tracy em PT "engula sapos");
- Steve Jobs usava o seguinte pensamento "se hoje fossse o último dia da minha vida, gostaria de fazer o que o vou fazer no dia de hoje?", se a resposta fosse "não" por muitos dias, então sabia que tinha de realizar alguma mudança.
tudo o que possamos fazer na 1ª hora do dia e que nos sirva o bem-estar dentro da nossa rotina é muito bem-vindo! em PT e para muitas pessoas um bom pequeno almoço ou um bom café fazem parte da lista de tarefas realizadas na 1ª hora do dia.

23.8.12

rumar e arrumar

com ou sem rumo, a vida avança. avançamos todos. na terra ou na estrada, com ou sem mapa, a pé ou de carro. tudo se move.
com ou sem essa consciência diz que parece parado, estagnado, cristalizado. contudo poucas coisas são aquelas que não voam, não vibram, não resvalam, não são olhadas, não são vistas, não são escutadas. 
escutar para ver. 
ver para aproximar. 
aproximar para conhecer.
rumar e arrumar o que se pensava parado. parar e desarrumar para emergir à tona a transformação.
consciente ou insconscientemente o mundo vai encaixando tudo. e quando desencaixa num violento turbilhão, faz nascer uma qualquer erva arrumada entre pedras, suportada por um solo. será vista, colhida talvez? será escutada? na dúvida, transforma cada olhar. há sempre a possibilidade de ver nela o seu som.
vibra e entoa tudo o que parece parado.
vidas são muito mais paralelas do que alguns pares de olhos fechados em si mesmos. 
com ou sem rumo, vidas são carris habitados, escutados, vibrados, com chiar de gente!

21.8.12

parece que às vezes...


isso que nunca me faltou

nos olhares e nos sorrisos que todos transportamos, podemos conhecer diferentes sentires. ao alimentar a atenção nas vozes e nos gestos, páro no tempo distraida a construir personagens em pequenas e soltas histórias. mergulhando nesses contos, viajo e percorro outros mundos que me permitem soltar do meu eu. e  por aí me conheço e aceito os outros.
escutar o entusiasmo, a paixão na arte, o brilho de quem fala com as mãos, e trazer isso na bagagem, essa esquecida disso mesmo! por vezes está tão perto o cruzamento para a nós voltar. é preciso deixar voltar, viajar para fora de nós e regressar. descentrar de nós e  ser contagiado por outros caminhos até escutar aquela frase, metáfora talvez, e abrir mais uma porta cá dentro.
são ações simples, contudo no dia-a-dia tornam-se escassas. as férias permitem fazer todas estas viagens sentada na areia, na água, na esplanada, na varanda, no banco, de carro e de bicicleta. e com menos fotografias perceber o valor da distração fantástica que é: poder fazer coisas tão simples que fazem sentir "coisas" tão grandes. e pelas revistas e livros se encontram outras vidas, contudo com menos espaço para viajar, com mais detalhes e menos liberdade para sonhar e imaginar. 
este Verão a criatividade foi de férias e chegou ainda mais rica. que bom é confirmar mais uma vez que o que nos pode estar a faltar às vezes é alimentar o que já conhecemos e temos. isso que nunca nos faltou.