1.10.09

estranhamente

estranhamento se deixa estar
na companhia
são noites quentes que caem sobre nós
a viagem da Fantasia

estranhamento sem destino
antes do dia
são madrugadas que nos cercam
a viagem da Ironia

sempre que assim se é
sempre que a Lua nos comanda
afastamo-nos do Sol
essa, a luz que já não manda

estranhamente singulares
que se extendem languidamente
como as flores frescas
naturais como o lado da água ardente

estranhamente sem alma
ondas de marés frias
vão com calma
banhar-te, tu que as não conhecias!

pessoas desalmadas
sem destino de comparsa
apenas corpos quentes e mãos dadas
vestidos entre o riso e a farsa