11.10.14

moro e morro

o sitio onde moro,
não tem sede de querer.
o sitio onde morro?
quereis vós saber!

no mundo que se levanta,
mora gente de agora e de antes.
no mundo que se deita,
morreste tu e diamantes.

ali mora alguém,
quem é? já não soube.
morreu ninguém,
a curiosidade lá coube!

poxa!
viver sem se ver,
mas morrer fez sentir.
morar para viver,
e morrer faz agir.

estranha forma de sentir,
mostrar e dedicar.
a saudade há-de vir,
essa ninguém pode amarrar.




11.2.14

another story

http://abcnews.go.com/blogs/headlines/2012/03/today-in-pictures-bullfighting-syria-cries-baby-baboon-gaza-attacked-tsunami-anniversary/

31.1.14

i still have a dream

do you have a big dream? dream big.


"i still have a dream." Martin Luther King 

4.1.14

e em cada mês uma viagem para ti - I

hoje chegámos à Birmânia, Myanmar, Ásia.
bem, não chegámos mesmo a aterrar, mas posso falar-te um pouco desta viagem.
começa assim...


indo eu saída de casa com dois sacos de roupa escolhida para dar. atravesso a praça e encontro uma mulher atarefada entre sacos e um automóvel. falamos e confirmo ser a pessoa que procuro. dirigimos-nos para a loja e entro num espaço cheio, existem donativos até ao tecto! ali roupas penduradas, cadeiras de bebé para carros, alcofas, brinquedos, acolá cobertores, sapatos e outros objectos que agora não me recordo. abri os sacos para mostrar o que levava, organizado em sacos pequenos e por idades.

fomos falando, percebendo um pouco do que somos feitas, e chegámos mesmo a conversar. foi pelas suas palavras que cheguei a este país. entrámos num templo onde reinava a paz, desta vez pela história de um filho, habituado a viajar e que encontrou naquele pedaço do mundo algo que não tinha visto ou sentido em qualquer outra parte.
 também entrámos noutro templo, mas esse não vem nos mapas, não tem fronteiras, e foi escutado no silêncio: o templo do nosso sentido de vida. pode ser o do casamento realizado, o do manto da protecção sobre os filhos, o do porto de abrigo aos amigos, e pode ser também o do mundo da dádiva.
e é aqui que parei extasiada, porque naquela parte do mundo o mais brilhante para o viajante foi a facilidade que ele conheceu no povo que dá. simplesmente dão. e é neste país que hoje viajei directamente da nossa praça molhada pela chuva, no quarto dia do ano. é assim num dia Inverno que chegamos a Myanmar.

em 2014 este país surge-nos mais perto do que há 10 anos, pelas mudanças que viveu e que o aproximam do mundo. hoje é visitado por muitos turistas, mas isso é algo muito recente na história deste país.


pelas fotos que se encontram pela net conseguem-se ver as cores, os rostos, o céu, os campos, os animais, e tantas outras coisas que se percebe serem tão diferentes da nossa realidade, os templos, os dourados, as vestes compridas, os monges e os ciclones.
voltando à sua história, encontramos muitas fotos ligadas à libertação, após uma intensa ditadura militar.
nesta viagem curta, cheia de encantamento e espírito asiático, que se sintam algumas diferenças tão grandes, e se valorizem princípios que hoje nos afastam enquanto seres que vivemos juntos em sociedade, porém pouco em comunidade.