Quando a praia está cheia de almas o barulho é ausente,
Deitada de costas oiço a voz antes indiferente.
Quando a praia está cheia de pessoas o barulho é confuso,
De olhar postos nas ondas procuro em mim as palavras de outro fuso.
Quando constato que a praia não tem fechadura,
Procuro as marcas na areia dura!
Aquelas que provavam que as mãos eram dadas
E apertadas e suadas…
Que nos embrulhávamos no grão
Sempre esquecidos da multidão!
Todas as horas a praia aberta é um leque de caminhos,
A areia é um miradouro para um mar cheio de ninhos.
Quem da plateia repara no palco, vai sonhar e encontrar no som das almas a descoberta de um actor fora do lugar!
Não se pode sempre nadar, decidiram navegar.
Não se pode sempre falar, decidiram calar!
Mas como na praia fazer parar a hora do “não acabar”?
Afinal há um fecho sem chave a condizer,
Acaba por ter fim e isso acabou de se ver!
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