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Se passares pelo adro
No dia do meu enterro,
Diz à terra que não coma
Os anéis do meu cabelo.
-
Já não digo que viesses
Cobrir de rosas meu rosto,
Ou que num choro dissesses
A qualquer do teu desgosto;
-
Nem te lembro que beijasses
Meu corpo delgado e belo,
Mas que sempre me guardasses
Os anéis do meu cabelo.
Escrito por António Botto. Conheci-o pela VOZ, Mariza.
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