A frase “isto está mau” é corriqueira, tornou-se banal, mas não para o meu interlocutor. Era uma simples conversa de cabeleireiro...
Isa, isto está mau?! – colocou esta questão várias vezes no diálogo, como pergunta retórica – Eu tinha uma boneca. No tempo dos meus pais, mesmo que existisse dinheiro, não existia a escolha de produtos que há hoje e “a coisa” podia nem existir. Hoje, as pessoas enchem o carrinho do supermercado, habituaram-se às marcas (às bolachas que estão à altura dos seus olhos), e na caixa paga-se o leite, o pão e a carne a crédito. Ao dia 5, subtrai-se a prestação da casa, do carro, do cartão visa, do supermercado, do plasma, do sofá, da tv por cabo, da Internet, das férias... É normal que no início do mês o dinheiro já escasseie. E ainda assim, isto está mau? Quantas pessoas tomam o pequeno-almoço fora de casa? As pessoas ascendem a ter o telemóvel topo de gama, o carro topo de gama, as roupas de marca e o melhor televisor. E depois comem macarrão 7 vezes por semana!
Actualmente
Emprestar dinheiro deve ser um dos negócios com maior sucesso. Vejamos: o negócio não estagnou, continua-se a vender carros e casas. Se por um lado, as taxas aumentam, por outro, aumentaram as facilidades de conseguir um crédito!
O mercado está diferente. A crise não é um fantasma, existe! O preço do dinheiro é o dobro do nível em que se encontrava quando se iniciou o actual ciclo de aumentos! Aumentou o preço de vida, os salários estagnaram, houve mudança na gestão e foi gerada a mudança de comportamento do consumidor. É mais frequente recorrer ao crédito.
E as mentalidades? Note-se que, é mais fácil mudar comportamentos do que mentalidades. As mentalidades não avançam ao mesmo ritmo!
Futuro
A tendência do mercado? Empréstimos de maior valor e sem necessitar de garantia.
Não tenho Maya no sobrenome. Mas sei que os maus hábitos pagam-se caros. Vejamos: os bancos habituaram-nos a utilizar a caixa Multibanco. Agora parece um mau hábito: pretendem cobrar uma taxa por essa utilização. Recordo que, aos bancos permitiu reduzir custos no pessoal!
Amanhã, alguma entidade percebe que viver a vida com dinheiro emprestado é um ciclo vicioso, mas de menor interesse para o seu negócio. E é preciso desabituar…
Se for, que preço pagamos nós?
Está-me a parecer que, para o consumidor mudar de mentalidade é necessário mudar a mentalidade da gestão em Portugal, de quem gere e, portanto, de quem tem o poder.
Se a Segurança Social tem problemas de viabilidade e se se aumenta a idade da reforma… que raio de mentalidade é esta? Que gestão é esta? Isto está mau? Está.
Claro que é preciso que as famílias mudem de comportamento, mas o exemplo tem de surgir por parte de quem tem este poder: o de gerir com cabeça, tronco e membros.
Isa, isto está mau?! – colocou esta questão várias vezes no diálogo, como pergunta retórica – Eu tinha uma boneca. No tempo dos meus pais, mesmo que existisse dinheiro, não existia a escolha de produtos que há hoje e “a coisa” podia nem existir. Hoje, as pessoas enchem o carrinho do supermercado, habituaram-se às marcas (às bolachas que estão à altura dos seus olhos), e na caixa paga-se o leite, o pão e a carne a crédito. Ao dia 5, subtrai-se a prestação da casa, do carro, do cartão visa, do supermercado, do plasma, do sofá, da tv por cabo, da Internet, das férias... É normal que no início do mês o dinheiro já escasseie. E ainda assim, isto está mau? Quantas pessoas tomam o pequeno-almoço fora de casa? As pessoas ascendem a ter o telemóvel topo de gama, o carro topo de gama, as roupas de marca e o melhor televisor. E depois comem macarrão 7 vezes por semana!
Actualmente
Emprestar dinheiro deve ser um dos negócios com maior sucesso. Vejamos: o negócio não estagnou, continua-se a vender carros e casas. Se por um lado, as taxas aumentam, por outro, aumentaram as facilidades de conseguir um crédito!
O mercado está diferente. A crise não é um fantasma, existe! O preço do dinheiro é o dobro do nível em que se encontrava quando se iniciou o actual ciclo de aumentos! Aumentou o preço de vida, os salários estagnaram, houve mudança na gestão e foi gerada a mudança de comportamento do consumidor. É mais frequente recorrer ao crédito.
E as mentalidades? Note-se que, é mais fácil mudar comportamentos do que mentalidades. As mentalidades não avançam ao mesmo ritmo!
Futuro
A tendência do mercado? Empréstimos de maior valor e sem necessitar de garantia.
Não tenho Maya no sobrenome. Mas sei que os maus hábitos pagam-se caros. Vejamos: os bancos habituaram-nos a utilizar a caixa Multibanco. Agora parece um mau hábito: pretendem cobrar uma taxa por essa utilização. Recordo que, aos bancos permitiu reduzir custos no pessoal!
Amanhã, alguma entidade percebe que viver a vida com dinheiro emprestado é um ciclo vicioso, mas de menor interesse para o seu negócio. E é preciso desabituar…
Se for, que preço pagamos nós?
Está-me a parecer que, para o consumidor mudar de mentalidade é necessário mudar a mentalidade da gestão em Portugal, de quem gere e, portanto, de quem tem o poder.
Se a Segurança Social tem problemas de viabilidade e se se aumenta a idade da reforma… que raio de mentalidade é esta? Que gestão é esta? Isto está mau? Está.
Claro que é preciso que as famílias mudem de comportamento, mas o exemplo tem de surgir por parte de quem tem este poder: o de gerir com cabeça, tronco e membros.
1 comentário:
Amiga, é o chamado "chutar para a frente" que abunda no nosso país. Goza-se agora e o futuro logo se vê.
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