Vi pela 1ª vez Maria Bethânia na Expo98. Já lá vão uns anitos. Hoje vibro quando a oiço a fazer o que ela faz como ninguém. A entoação, o movimento, a voz, a encenação, a força com que ela pronuncia as palavras, é um conjunto perfeito que me emociona.
Tenho o DVD de Maricotinha, muito bom do início ao fim. Fica aqui um cheirinho.
Tenho o DVD de Maricotinha, muito bom do início ao fim. Fica aqui um cheirinho.
Esta começa com o poema "Eu sou" de Álvaro Campos, Fernando Pessoa:
(...)
Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.
(...)
Baste, sim baste!
Sou eu mesmo, o trocado,
O emissário sem carta nem credenciais,
O palhaço sem riso, o bobo com o grande fato de outro,
A quem tinem as campainhas da cabeça
Como chocalhos pequenos de uma servidão em cima.
Sou eu mesmo, a charada sincopada
Que ninguém da roda decifra nos serões de província.
Sou eu mesmo, que remédio!
Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.
(...)
Baste, sim baste!
Sou eu mesmo, o trocado,
O emissário sem carta nem credenciais,
O palhaço sem riso, o bobo com o grande fato de outro,
A quem tinem as campainhas da cabeça
Como chocalhos pequenos de uma servidão em cima.
Sou eu mesmo, a charada sincopada
Que ninguém da roda decifra nos serões de província.
Sou eu mesmo, que remédio!
É uma combinação assim a tender para o p-e-r-f-e-i-t-o! Alma&Corpo.
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