26.4.08

sem despedidas

há coisas que não sabemos
aceito
há sensações que não explicamos
sei que é assim
não vale fugir do fim
nem de mim

encontrada a sensação boa
ainda com medo da não verdade
na correria que é Lisboa
surge a louca realidade

não sei
viver sem acreditar

não faz parte
ser diferente no andar
não faz sentido
sem isso respirar

sem acreditar não ando
cambaleio em dunas atormentadas pelo vento
sem acreditar não te deixaria entrar
ficar, respirar, chegar para aqui e ocupar o assento

na porta da minha vida
houve quem ficasse a espreitar
contigo viajo nas estrelas
aquelas que reacendeste e teimas fazer brilhar

se consegues ler os meus lábios
não leves de mim esses olhos
e no silêncio cúmplice do segredo
ambos de joelhos
plantar flores neste mundo
ver-te sorrir hoje e amanhã... esse rasgar eu mereço
mantém firme a segurança desse fundo
e resiste mais um pouco, eu aqueço

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