22.5.08

mãos de aves

tocados... decorados com as mãos
leves, unidos e quentes
torneados... esgotados os cantos fresquinhos
largam-se finalmente nas correntes!

abertos por sonhos...

sobem às copas... aos ninhos de paixões
genuinas aves, longe das mentes
a naturalidade abre as asas
abandonam o mundo tangível das serpentes

consegues receber da floresta tudo o que sentes?

deitadas de costas as presas na casca
coladas aos troncos pela resina pingada
pele marcada da força e que leve
cobertas de penas e água salgada

abertos pelo espaço...

de olhos brilhantes
bicadas de sabores azulados
lançados no voo do profundo celeste
céu atravessado por crentes apaixonados

consegues agora saber para que lado é o leste?

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