10.6.08

olhos postos no céu

já questionei o mundo algumas vezes
sobre onde mora a diferença,
entre o banal do que se vive
e a base de toda a crença?

escassos momentos havia
em que sentia o que é
mas não verbalizava
até entranhar o valor da fé

ser para estar, ser para fazer, ser para dar, ser para valer

o agora do presente
sem limite a antever
do seguro mesmo na incerteza
sem o medo do que pode acontecer

é a crença
que veste de força o poder

nasce com toda a criança
e em adultos muitos há que a deixam morrer

é a liberdade para matar o medo de sonhar
para não aceitar o que não nos é bom
é a certeza do bem no pouco
onde o querer consciente ganha até tom

entrego o pensamento ao coração
ganho na mente o desejo de seguir
e sem importar o dia, creio ser a emoção que,
de olhos postos no céu, me deixa ver o Sol altivo sempre a sorrir!

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