assaltada pelo pensamento: "porque cometemos os mesmos erros?". tantas respostas para apenas uma pergunta.
se aceitarmos que a maioria dos erros são cometidos por medo, ignorância, desmotivação e baixa autoestima, reunimos um conjunto de explicações, contudo não sei se chega para pararmos de cometer os mesmos erros. chega conhecer o motivo e ter uma explicação para mudar a nossa ação?
o medo é obstáculo, priva-nos do melhor e afasta-nos do pior. e também da sabedoria. da experiência e do risco. é quando alimentamos a coragem que controlamos o medo e passamos a ponte para o risco. arriscamos. a coragem não nos priva da vida.
a ignorância é pobreza. não sabemos até ao momento em que... passamos a saber. e depois podemos decidir continuar a errar mesmo sabendo, e aí alimentamos a nossa ignorância voluntária. se continuamos sem saber, pergunto-me "onde estou eu?"
a desmotivação é tramada. o que nos mantém desprovidos de motivo? pode ser crónica, durar semanas, meses. ocupamo-nos em coisas supérfulas e afasta-nos da ação. não fazemos o que queremos e apenas pensamos no que queremos fazer. e a pensar morreu um burro. a desmotivação pode ser alimentada ou desidratada. quando lhe tiramos a água e depois o Sol, passamos a alimentar a nossa ação. enfim, tomamos uma de-ci-são. continuamos a pensar, mas decidimos alimentar a ação.
a baixa autoestima pode ser um motivo mais delicado. a falta de amor pode ser uma questão para resolver. é aquela que mantém o medo e a insegurança. enquanto repetirmos os mesmos erros, não teremos resultados diferentes. expomo-nos ao egoísmo alheio, diminuimos a probabilidade de sermos amados e continuamos a penalizar-nos por isso. cresce a culpa, a frustração, e aí estamos nós sedentos de visão. submissos então! presos.
todos temos momentos, fases. e todas as fases têm "fases". sabemos em que fase estamos, porém desconhecemos o tempo que esta dura. porém podemos acreditar e decidir amar ao invés de permanecer naquela zona que parece de conforto, mas que já nem isso é. parece cómoda, mas é desprovida de segurança e tranquilidade.
pode ser que, o que nos faça parar de cometer os mesmos erros seja perceber o que perdemos para ter aquilo que se resume a "falta de amor". poderemos concluir que é "falta de amor próprio", que seja. contudo, é a ausência de amor. e isso sim, pode explicar porque nos aniquilamos e nos mantemos num ciclo vicioso de alimentarmos os nossos erros. a falta de amor afasta-nos de nós e mantém-nos à tona a respirar, mas não nos deixa viver em pleno e sintonia com a vida.
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