15.4.07

Teoria do Copo

Vou agora deitar-me.
Mais uma vez, as ideias flutuam. Penso na vida. Conheço uma pessoa que está SEMPRE dizer "é a vida". E quantas vezes sem mais nada para dizer se diz isso?! MUITAS!
Dou por mim a confirmar várias vezes que a parte mais difícil da vida é: aceitar.
Há muitas formas de viver a vida. E muitas formas de estar na vida. Há aqueles que nascem com o cu virado para a Lua e há quem não nasça assim e tenha de “fazer pela vida”. Uns mais que outros. Andamos aqui todos para o mesmo.
Será?
Há quem diga que na vida: “ou se fode ou se é fodido”. Se não fode, então sai de cima, nem fode e nem deixa foder. Independentemente de onde se nasça e como se nasça, há uma parte da vida que controlamos e outra nem por isso.
Há momentos e momentos. Há momentos em que conseguimos passar a nossa força e outros em que bebemos a força dos outros. A teoria do copo ajuda a ilustrar a visão que temos sobre determinada situação. Se quisermos ser mais generalistas, também a podemos aplicar à nossa atitude perante a vida. Se um copo tem água até metade, há pessoas que olham para o copo e dizem "o copo está meio cheio" (optimismo) e outros dizem "o copo está meio vazio" (pessimismo).
Na vida não controlamos tudo, mas o modo de estar perante a vida e perante os outros (ou seja, as nossas atitudes) pode ser adaptado por cada um de nós. Não agradamos a gregos e a troianos, mas podemos procurar agradar a nós mesmos. Assim, poderá ser mais fácil de agradar aos outros (posto desta forma para quem se preocupa com esta perspectiva de si mesmo). Significará que investimos tempo no conhecimento de nós próprios e mais facilmente chegaremos aos outros.
A vida está cheia de escolhas. Há escolhas fáceis? Não sei.
Na vida temos opções. E estar sempre no papel de quem é fodido, é mesmo fodido! E andar a foder os outros a torto e a direito, deve dar muito mau estar. Também não sei onde está o equilíbrio disto tudo. Mas próximo disto sei que, não podemos salvar o mundo, nem mudar a cabeça dos outros. Podemos apenas partilhar aquilo que julgamos saber, falar, estar, ouvir e procurar apoiar as pessoas de que gostamos. Aquelas que se morrerem deixam saudades.
E a partilha é também de mim para mim mesmo.
Somos muito do que sentimos.
O modo como sentimos as situações mostra-nos muito do que somos. E muitas vezes esquecemos isso; preferimos passar ao lado. E o resultado vê-se mais tarde. Tornamos a constatar as mesmas coisas. E damos por nós a cometer as mesmas falhas. Dedicar tempo a perceber o que nos acontece e como sentimos, pode ser uma forma escolhida de estar na vida. E perceber como interpretamos o que nos acontece. Perceber que o copo está meio cheio e que um dia poderá estar ainda mais cheio. E abandonar pensamentos como: o copo enche sózinho. Porque a vida sem os outros não faz sentido. Todos os dias verifico isso. E sem esforço, também não. Não conto novidades. Muita coisa do que escrevo devem estar fartinhos de saber e ouvir. Faço-o simplesmente porque aqui há o à vontade para dizer o que penso e sinto.
É importante não esquecermos o que somos.
Para chegar ao que queremos melhorar. Se é que queremos!
Com alguns "piiiiiiiis" pelo meio, acho que consegui passar a mensagem principal.

2 comentários:

Anónimo disse...

-Se o copo tivesse vinho em vez de água, mais pessoas teriam lido o texto até ao fim.
-Eu li e gostei!

sem naufragar disse...

Tiago, quando uma pessoa já tem o cpo a meio, tanto faz ser água pu vinho :)
Gostei do teu ponto de vista!
Obrigada.