4.8.08

pode ser banal


tomo o aperitivo do dia no teu peito,
traço o trapo enrugado e largamo-nos ao vento como as nuvens ao seu sabor largado

tomas as rédeas dos sonhos de que é feito este pedaço,
abraças de novo aquele trapo formados que estamos em forma de laço

nas teclas deste piano do compasso esquecido,
saem os sons do tempo e do dia prometido

ouvimos cada um tocado com cuidado,
e adormeces derreado pelo concerto ensaiado

perdidos no bosque nas sombras e nevoeiro,
descobrimos a imagem do momento soalheiro

toca lá mais um som, pode ser com o tambor,
mas mantém este ritmo, sabe bem nada fazer, e entregar-nos ao sabor...

1 comentário:

Catraia_Sofia disse...

Mto forte!