9.11.07

Sol, deixa a porta aberta


o ecoar de um som lembra-me que é dia
e o dia é para viver
ter nos olhos o limite do tempo
atrofia-me a paisagem que sei ir ver

o escutar do sonho lembra-me que é noite
e a noite embriaga os românticos
ter nos olhos somente o limite da
Lua, o limite desses cânticos

o frio da noite pede aconchego
a escuridão faz correr os sonhos
a madrugada desprotege-me e...
vagueio nos contornos desses olhos castanhos

agarro o sonho
liberto-me do dia que me alerta
deixo a pele queimar com o
Sol, deixa a porta aberta

2 comentários:

Luis Prata disse...

Muito bonito...

Anónimo disse...

Gostei especialmente destas palavras. Escreves muito bem!

Beijos