29.6.08

não raiam luzes de incertezas

na chama que se vive, dos momentos em que só acreditamos
não raiam luzes de incertezas, nem peças ocultas.
sobressai apenas o que queremos que seja,
com alguém que não sabemos porque escolhemos,
mas a quem abrimos as nossas portas.

depois de visitarmos esse mundo do fantástico,
em que desenhamos o amor numa tela e
onde alguém deixa que sejamos felizes,
saimos pelos fundos:
descobres que ninguém precisou de saber que houve outra ela.

em directo e a cores, filmámos sorrisos e entrega.
quando deixamos que passem por nós,
procuramos que ninguém volte ao estado de indiferente.
mas pode bastar uma paixão para seguires cega,
e um dia, mesmo que te dediquem umas palavras:
descobres que alguém para ti deixou de ser ardente.

não escolhendo o arrependimento, sendo assim,
percorres outro caminho, segues em frente.
pareceste bem, há coisas que decides:
"guardar só em mim".
mesmo tendo falhado, é preciso valorizar e ir confiante.

não queremos que volte, verdadeiramente desejamos que fique onde está,
mesmo que precisemos dessa parte de nós que partilhámos,
aceitar estar só pode encher-nos o peito de ar e coragem,
sem permitir que a nossa casa se mantenha fechada porque choveu...
ou só porque deixámos que maltratassem os sonhos que amámos.

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