na maré
que vai e que volta
que volta e que torna a ir
perdeste um dia o teu pé
fechaste-te num buraco
antes de areia molhada
agora o Sol secou
estás abandonada e numa praia sufocada
julgaste em ti residir toda a força
lutaste com o mundo e depois contigo
tornaste a lutar
mas o choro foi mais forte, e murmuraste: "não consigo"
essa vontade que está em ti
gasta como um qualquer velho fósforo
é tua e podes, se quiseres, reacendê-la
todos temos um fogo que é de ouro
precisas de sair da praia
(sai desse lugar)
subir ao mundo onde há pessoas
(prontas para te apoiar)
acreditar que é possível
(o Sol nasce todos os dias)
e talvez agora as ouças
(não partilhamos só as alegrias)
o que se desgasta podemos fazer crescer
se queremos isso para nós
e aumentar um círculo mais forte
que ilhas solteiras cheias de pós!
deves desafogar o que guardaste com peso se âncora
sózinha o teu caminho é muito penoso
os que gostam de ti sempre cá estarão
porque tu tens sempre o lugar em nós mais honroso
não tenhas pressa de perceber
porque choras como uma criança
nem tenhas sede de secar as lágrimas
(não controlamos tudo)
chorarás todos esses dias em que calaste a perda da esperança
chora mais um pouco
e acredita:
um dia vais sorrir porque de ti acordaste!
e irás na mesma à praia
mas será quando queres,
porque queres,
por isso,
decide ajudar-te.
14.3.09
9.3.09
primavera guerreira
sinto um pronúncio, de onde vem não sei,
nem desejo saber, cada dia é um dia, por isso vivei!
não pensei muito, nem com pressa, senti a respiração,
com a calma que consegues quando estás só na contemplação.
há algo no ar que sinto e que posso agarrar, mudar.
quando chegar será na altura mais certa. aceitar.
é certa aquela que for
despida de aviso e pode ser revestida de dor.
é uma força trazida pelos raios do Sol, e do som de fim de tarde,
e tudo o mais que consigo sentir quando simplesmente páro e vejo como a estrela lá em cima arde.
o ar que vagueia todos os dias está farto de lamúrias, aquelas inimigas que esquecem as alegrias.
pois senão te fazes tu, a vida prega-te a rasteira,
corpo, quero-te pronto para seguir e desafiar uma Primavera guerreira.
nem desejo saber, cada dia é um dia, por isso vivei!
não pensei muito, nem com pressa, senti a respiração,
com a calma que consegues quando estás só na contemplação.
há algo no ar que sinto e que posso agarrar, mudar.
quando chegar será na altura mais certa. aceitar.
é certa aquela que for
despida de aviso e pode ser revestida de dor.
é uma força trazida pelos raios do Sol, e do som de fim de tarde,
e tudo o mais que consigo sentir quando simplesmente páro e vejo como a estrela lá em cima arde.
o ar que vagueia todos os dias está farto de lamúrias, aquelas inimigas que esquecem as alegrias.
pois senão te fazes tu, a vida prega-te a rasteira,
corpo, quero-te pronto para seguir e desafiar uma Primavera guerreira.
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