9.3.09

primavera guerreira

sinto um pronúncio, de onde vem não sei,
nem desejo saber, cada dia é um dia, por isso vivei!

não pensei muito, nem com pressa, senti a respiração,
com a calma que consegues quando estás só na contemplação.

há algo no ar que sinto e que posso agarrar, mudar.
quando chegar será na altura mais certa. aceitar.

é certa aquela que for
despida de aviso e pode ser revestida de dor.

é uma força trazida pelos raios do Sol, e do som de fim de tarde,
e tudo o mais que consigo sentir quando simplesmente páro e vejo como a estrela lá em cima arde.

o ar que vagueia todos os dias está farto de lamúrias, aquelas inimigas que esquecem as alegrias.

pois senão te fazes tu, a vida prega-te a rasteira,
corpo, quero-te pronto para seguir e desafiar uma Primavera guerreira.

1 comentário:

Amaral disse...

Ela está aí perto, a tua Primavera guerreira.
O pronúncio que anda no ar, mau ou bom, vai ser mesmo para aceitar.
E mesmo não sendo uma rasteira da vida, pode ser a força trazido pelo Sol ou uma simples estrela a arder, desafiando a nossa Primavera... a guerreira, aquela que vence e não esmorece...
Gostei do teu poema, figueirinha!