moras lá, no meu alto
quando os sonhos se demoram
onde ninguém me vê
onde os meus medos moram
por essas imagens relâmpago
onde apareces como herói da segurança
em que te vês como eu
moras no sitio em que o tempo não é lança
quando lá chegares um dia
espera por mim na manhã
que é no acordar que está a esperança
é neste sonho que volto a ser criança
cativo e altivo
sorriso aberto
olhos brilhantes
e peito coberto
coberto de um manto quente
despido da noite molhada
coberto da minha saliva
despido da morte anunciada
que no sonho que é cada dia
estejas sempre acompanhado
tenhas nas mãos o futuro
e sempre, sempre, um coração acarinhado.
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