20.8.10

olhos do Universo


quando no tecto de estrelas me deixo estar
e no escuro embalo os sonhos pequeninos
rapidamente me deslumbro
pela luz desses meninos

e estou deitada na cama dos céus
em braços de um Deus grego
formas redondas e fortes
e largo o que carrego

são olhos do Universo
postos em mim agora
de uma Lua clara
que me faz esquecer a hora

parece madrugada vagabunda
de longa duração
coberta de um manto nebuloso
em que me entrego pela tua mão

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