13.3.08

borboletas a voar

se fosse verdade
o desejo real
namorar esses dedos
cobertos de sal

vaguear pelos verdes
que iluminam a aventura
perguntar-te com atrevimento
doce ou travessura?

memoriza esses passos
no futuro irás precisar
mas agora que floresce
descontrai, há borboletas a voar

agora!
fecha os olhos
é o melhor
ficar no escuro
não digas nada
porque é agora que absorvemos o sabor

cruzámos muitas águas
até chegar a este porto
e se desta vez a corrente aumentar
sem medo,
o direito precisa do torto

mostra-me essas mãos
elas não mentem
deixa-me flutuar
quero ser nuvem...

2 comentários:

Amaral disse...

É verdade que o direito precisa do torto - e este poema tem aqui muita coisa que sentimos voar, quando fechamos e abrimos os olhos...
Descontrai, também, e porque as mãos não mentem, quando acariciam, deixemo-las namorar... sentir que "há borboletas no ar"...

Catraia_Sofia disse...

Mto bom!
É bom ler.te!

Olha que o escrevo está quase a fazer anos, aparece por lá!
bjs