30.11.07

Arde Devagarinho

não me falem do que falam
nem no tempo nem na bola
saboreio coisas saídas de uma boca
como coelhos de uma cartola

não me acendam essa luz
peço-vos com jeitinho
deixem-me ficar assim
refugiada neste fogo que arde devagarinho

não apressem o meu passo
meus olhos brilham de tanta ânsia
não me roubem o silêncio
não me mostrem a distância

por favor, não te cales e fala-me
disso e disto, e outras coisas mais
escreves bem o início deste som
essas palavras valem cristais

não é tudo, sei-o
reaprende-se tanta coisa...
desconfio que pareço noite de Inverno
mas pára e repara mais um pouco
confia e segue-me com o olhar
vês nascer cá dentro uma manhã bonita?
sentes como te sigo atenta
entendes que não quero falhar
já me começas a soltar
... acredita.

5 comentários:

Amaral disse...

Consegues criar o humor, onde ele menos se espera!...
Deliciei-me a ler estes versos que, presumo, deu-te bastante gozo escrevê-los...

Pepe Luigi disse...

Gostei deveras deste Arde de Vagarinho.
A presença do sentido do humor não lhe escapa.

Pepe

Sil disse...

Que poema mais lindo.
Adorei!!!
Bjos

*Um Momento* disse...

uau:)))
Gostei!!!
Beijo grande!!
(*)

sem naufragar disse...

Cucu a todos :)
Ainda bem que notaram este poema. Estou cada vez mais a gostar de os escrever, como se nota pela evolução do blog.
Sem Naufragar espero brindar-vos com mais destes meus pedacinhos que me dão gozo escrever.
É verdade que procuro colocar um pouco de humor no que faço, sem querer fugir aos assuntos importantes, procuro dar-lhes alguma leveza.
APAREÇAM!