30.7.08

estaladiças e salgadas

São assim amareladas e salgadas. Nhã... Quebram-se na boca os estilhaços de sabor, fazem crush nos ouvidos, valem o mal que fazem, pelo bem que sabem.
As minhas preferidas são as Lays Artesanais (não tenho comissão...). Também adoro as Ti-ti! Enfim, soube bem chegar a casa, pegar nas últimas páginas do meu livro, aproveitar os últimos raios de Sol dos últimos dias de Julho e comer batatas fritas empacotadas.
Ok, um Santini saberá melhor... Mas são as batatas que estão mais à mão.
Acabei finalmente "Escuta a minha voz", de Susanna Tâmaro. Em breve deixarei umas palavras do livro que narra uma história passada nalgumas cidades da nossa Europa, de onde se destaca Trieste. E, claro, como no livro "Vai aonde te leva o Coração", voltamos a encontrar belas metáforas das pessoas e das árvores, dos sentimentos e das árvores, do amor e das árvores, das decisões que fazem a nossa vida e as árvores. Diria que voltamos a ler acerca da importância do afecto na vida do humano. O que damos? O que deixamos da nossa vida? O que mudámos no mundo? Onde nos leva o medo de errar nos afectos escudado na afirmação da nossa sinceridade? E muito mais haveria.
Agora fica a partilha de um momento estaladiço e salgado : )

28.7.08

concorrente do Google?

"Uma empresa criada por antigos engenheiros do Google revelou no domingo (27) um novo serviço de buscas cujo objetivo é superar em tamanho o líder do setor."

Pelo Tejo

É tempo de férias. Basta sair um pouco de Lx para sentir o efeito das férias.
Tive o privilégio de dedicar 1 dia a uma "fériazinha". Num grupo de 100 pessoas, descemos o rio que desagua na capital, que acompanha o jogging de tanta gente, que é pano de fundo das fotos dos turistas que nos visitam, designado por Tagus para nuestros hermanos, que nasce em Espanha e no qual ainda se pesca e nos podemos banhar! É que há umas quantas praias fluviais que convidam a parar e a mergulhar!
Pudémos observar a Sra Pata e os seus patitos no seu habitat natural, encostar a canoa e tomar o Castelo de Almorol, apreciar os chorões a tocar a água, ver alguns peixes aos saltos, enfim, respirar também um pouco de férias!
Começámos no Zêzere em Constância, apanhámos o Tejo e a actividade terminou em Vila Nova da Barquinha.
Quer dizer, ainda houve a Grelhada Mista no afamado restaurante em Constância junto ao rio, com a sobremesa Doce Maravilha (hum, nata, bolacha, chocolate e um travo a café...) E... no fim de tudo, antes do regresso à A23, porque não fechar a pestana nas sombras das margens? Mimos!
Bem-haja a quem proporcionou estes pequenos momentos para degustar a vida fora.
Aceitem o convite do Tejo e, se quiserem desfrutar um pouco da natureza, relaxem nas suas margens, repousem nas suas sombras, viajem até Constância (onde se presume que nasceu Camões), a 1h30 de Lx e deixem-se contagiar pelo verde que predomina por estes lugares ainda mágicos : )

24.7.08

palavras rescritas

as palavras têm tanta força, lançamo-nos no seu poder para chegar mais além, o que fazemos com elas?
as palavras ditas, percorrem as correntes de ar, perspassam, voam...
as palavras podem ficar.
podendo ser rescritas, o poder das palavras o que pode alcançar?

jogo de poder!
jogo de palavras!
jogos dos humanos!
jogos de mentes e peças,
de vestes e figuras,
de histórias e de panos!
jogos de trastes e heróis,
de mudos e cobardes,
do que foi e do que é,
do que virá a ser esta Terra!

todas as formas que lhes damos, sabemos que força têm as palavras?
permanecem, ficam.
ouvem agora as palavras da tinta já escrita?
do que já se viveu?
o tempo junto das palavras é antigo, mas as palavras ao tempo veio lembrar o contínuo.
e nós humanos esquecemos esse facto, que ao bom senso irrita, que o atento critica, mas a que o mundo fecha os olhos para manter adormecido o monstro do que se é capaz.
não se é capaz, preferimos esquecer do que os humanos são capazes. acreditamos na sorte e passamos ao lado do que nos faz ser chamados de seres pensantes.
caminhamos na sorte da justiça, quando sabemos que o mundo quase perfeito não é justo.
que susto!
se fosse o pesadelo de uma noite tornaria a dormir no assunto,
mas como dos fracos não reza a história, diz-nos as palavras,
escolho pegar em tudo, tudo junto,
e sonhar acordada, sabendo que os players por se julgarem espertos,
adormecem numa esquina, e os fortes de cabeça avançam pelas crenças de mil anos e um dia,
um dia escreve-se mais um pouco do que faz a diferença e não daquele que escolhe a mera presença.

21.7.08

In_certeza

na certeza de que nada é certo
caminhamos por pântanos e areais
escrevemos palavras e fazemos concertos
damos garantias irreais

na certeza de que nada é certo
deitamo-nos nas marés
acordamos ao relento
e andamos sobre os pés

na certeza de que nada é certo
olhamos para a frente
acreditamos cegamente
amamos ardentemente
mimamos loucamente
abraçamos calmamente
passamos ao lado da mente
sonhamos livremente!

na certeza de que nada é certo
fazemos juras com eco no infinito
descredibilizamos o incerto
desprezamos toda a chuva
cambaleamos ao sabor da uva
e mesmo quando a manhã parece turva
suamos o dia para fitar a curva

porque na certeza de que nada é certo
acertamos na sorte
alvejamos a incerteza
damos corpo os zeros deste mundo
somos esquecidos pelo que existe
mas basta...
sermos acalmados pelas surpresas neste deserto
mesmo que seja de noite...
basta ver na sombra o reflexo do Sol
conseguir cheirar a maresia
ouvir aquele sorriso, que não é certo no embalar eterno,
mas que traz consigo a certeza de que a vida,
esta do agora, tem pós de poesia.

19.7.08

Men in Trees

Impossível ficar indiferente a esta série "Men in Trees".
Misto de romance, humor e belas paisagens entre o Alaska e New York.

Um dia a dia pacífico, mas com emoções ao rubro :)
Há muitas cenas da série no Youtube. Escolho este videoclip porque mostra um pouco da adaptação de uma citadina a Elmo (localidade ficticia), no Alaska. Bem como o contrário, o retorno ao apartamento de NY.

Blog e as empresas

Até onde vai a influência de um blog? Sabiam que os Blogs já entraram para a estretégia de comunicação e endomarketing de algumas grandes empresas?
Mais info

15.7.08

janelas com vida

Por onde voa esta fita, de histórias e memórias?
Estas cenas que filmamos nas células do nosso corpo, nos olhos dos nossos outros e nas fotos que guardamos?
Pela janela... por onde passa uma voz longínqua e baixinha, entram os meus olhos próximos e altivos.
Pela janela vem a vida que me chama e me acorda.
Janelas acordadas com luz quebrada e amarelada, por onde se extende uma mão que nos puxa para o real, que nos lembra que o tempo não pára, que nos... fala!
Hoje a janela aberta deixa entrar os raios da estrela que nasce para todos. Atraida pela luz... lá fora brilha o contínuo... esgueiro-me, espreito a janela vivaça e debruço-me para o dia!
Percorro então as películas e escolho as importantes, algumas revelam-se, outras já o eram.
Agora reformulo a história do futuro, desejo com a mente os dias que virão, ponho fé no acto de abrir a janela e dedico o tempo a compor curtas-metragens que um dia vou querer bisbilhotar sem ilusão, mas emoção.
Hoje selecciono a atenção, porque janelas há muitas, mas a vida é uma e está na nossa mão.

10.7.08

contrariar os sentidos

não é ilusão.
a mensagem que passou, não é certa, a oportunidade foi.
perde-se colorido.
o som ficou.
não faz sentido.

realidade.
o peito está cercado. fazes diferente do que sentes certo e com esperança que um dia não seja errado, mesmo que o sintas incorrecto.
no chão, longe do teu tecto.
faz sentido?

escrito e falado.
no tempo as palavras perduram, escritas, para sempre.
faladas, um dia perdem-se, morreram.
mas não esqueças os erros; lembram-nos as palavras erradas, mesmo as mal guardadas.
... dão sentido.

a lágrima seca.
o corpo cala a alma.
não sei viver sem acreditar, pois apenas vive metade de mim ao vento.
aceito aprender, melhorar-me... superar-me, vou-me esforçar.
saber dizer não, tento...
mas, há um mas...
há decisões em que não acredito, mas sou responsável por elas.

quanto tempo resiste uma árvore às nortadas?
no sentido do relógio, mais lento, mais certo, que horas estão agora marcadas?
as do futuro, as desejadas, as que vais viver para crer, as que antevês que vão precisar um pouco mais de calma.
agora aceleras. mas recusas. sabes que o sentido do teu corpo não é loucura.
rejeito fingir que o mundo gira as voltas destinadas.

7.7.08

Boniteza

tantas formas há de beleza
que nos prendem os sentidos
na beleza deste dia
recordo esses risos ouvidos
disse-te um dia que a sorrir ficas bem?
que não precisas de ser perfeito?
que nesse olhar repousam umas asas sem tamanho?
e que encontro a paz sempre que me deito no teu peito?
lá para o Sul chamam de boniteza
a isso que nos ocupa os sentidos
deixando para lá os olhos, prefiro o teu belo que passa pelas minhas mãos
e guardar comigo os nossos momentos queridos
quando a vida ganha leveza encontro por fim a beleza :)

3.7.08

1.7.08

in the time we've got

No que criamos, com a paz que conseguimos, formam-se imagens bonitas que juntamos a esta oportunidade de partilhar o tempo.
O tempo que escolhemos
O tempo de que dispomos
O tempo que guardamos
O tempo que damos
O tempo que recebem
os
O tempo que partilhamos
Não será o tempo o bem mais valioso para a gente do Ocidente? Quanto custa uma hora a caminhar?
Quanto vale aquele 1/4 de hora a ouvir-te falar?
Vale o que queremos que valha. Vale o que deixamos que seja.
É de valor o tempo que entregamos.
Criamos valor no tempo que dedicamos.
Dedicamos tempo a quem escolhemos por ser de valor.



You had the city in you.
Always in the way you moved were the skyline and the avenues.
You had the city in you, I knew.
Always in the way you moved were the skyline and the avenues.


momentos bem fugazes

nas vozes que se ouvem depois da cidade adormecer
encontro o meu eco desejoso de se deixar ver.

paro um pouco então, descanso o cérebro activo,
deixo o meu eu se libertar para um lugar que me é cativo.

começo por lembrar o dia inteiro a passar,
que depois começa a turvar, começo a fantasiar... e heis que se mistura a vida com o sonhar.
há momentos bem fugazes em que retomo à cidade,
em que me tento lembrar onde estava eu naquela claridade?

oh! é noite, o sono está a pregar-me partidas.
no deitar vem o aconchegar do próximo dia quase a chegar, hora de aproveitar estes pequenos tempos entre vidas.

volto à posição fetal, quase ultrapassada pela consciência,
retomo o sonho antes parado... largo-me no infinito e esqueço as respostas da ciência.