8.11.08

preso

não sabia
embora no adeus
uns olhos entrelaçados
que sentem e ardem
que são, serão sempre
o que te iriam fazer... foge disso!

foi no adeus que fiquei
tu um passo antes
os meus dedos calados e os teus suados!
ultrapassado esse dia
fechado e curado no passado

agora que te soube sem escolha
preso a uma teoria que alimentas
preso por nada
embora te mintas, ainda me achas o anjo que não sou
que não fui
nunca serei

os filmes em que te atormentas
são cenas da vida passada
este tempo é o de agora
porque não o enfrentas?

não sou paranóica
sou teimosa
não sou doente
nem vidente ou demente!
tenho os olhos no amanhã, o coração no agora e os braços serenos.
tenho a vida por adivinhar e tantos beijos para dar!
calor para receber,
mistérios guardados,
segredos meus,
histórias que me tornam eu!
e sem perceber, ficaste preso neste brilho meu.
os génios não existem,
as fadas são imaginação,
a vida é um conto,
porque não a vivem os humanos com emoção?
mas não a sofrivel apenas,
não têm as aves só penas!
elas voam!

sonho que tentas não ficar em baixo com as coisas tristes que vês através das lentes,
há dias diferentes,
e cada dia tem algo de novo,

algo que consegues ver se te permitires.
tenho a certeza disto, mesmo que amanhã fique laminada como um cutel, de cotas para o Sol, eu sei, ele vai tocar na mesma a minha pele.

2 comentários:

Yanneck disse...

Voltei.
Como quase sempre.
E como sempre por aqui fico
lendo
preso.

Parto depois
numa órbitra de regresso.

Amaral disse...

De novo, li extasiado...
Bebi cada palavra como se fosse a última... e saboreei o sentido de cada verso...
Gosto alimento, único momento!