31.5.07
O Afecto e a Cor
Num avião...
A hospedeira pergunta à testemunha de Jeová se quer beber alguma coisa. Responde a testemunha de Jeová com ar ofendido:
- Prefiro ser raptado e violado selvaticamente por uma dezena de putas da Babilónia antes que uma gota de álcool toque os meus lábios.
O alentejano devolve o copo de tinto à hospedeira e diz:
- Eu também. Não sabia que se podia escolher.
30.5.07
Jogar basket e servir à mesa, em espalhol
29.5.07
27.5.07
24.5.07
Pensamento
23.5.07
Guarda-me
22.5.07
Vai Aonde Te Leva o Coração
20.5.07
Rio Douro
Designado pela UNESCO desde 2001 como Paisagem Cultural, na listagem de locais considerados Património da Humanidade, a Região Vinhateira do Alto Douro merece que a visitem! Encostas verdes, imagens espelhadas, casas que espreitam pela vegetação, águas fartas em peixe, e uma calma.... respira-se o silêncio.
17.5.07
13.5.07
Sonhar
10.5.07
Emboscada na beleza do caos
Ocultar de nós mesmos? Persuadir o que foi do que devia ter sido?
Se alguém disso for capaz, se levante e apresente outra técnica que não a de bom senso; vinda da força do persistente, da construção de um princípio, de que ao Eu conto tudo e nada a minha boca lhe mente.
Acredito que um passo, dado com energia consciente, se recorda como um passinho, mas pode ser doce e surgir na nossa frente num cenário com raiar de Sol resplandecente.
Trabalhar o presente, colocar-lhe um laço bem feito para construir uma vida com motivos de orgulho e sentir falta sem rasto do mal no intuito.
Engane-se o que julgar, que nobreza do presente é uma classe de pertença.
Nem sequer é um grupo de nascença! Tem sentimentos nobres os que defendem a compaixão ao não julgar o outro constantemente.
Quando nos calamos e esperamos o espaço para falar, escutamos com atenção o que vai na cabeça do amigo. Emboscada na beleza do caos!
Momento para descobrir diferentes formas de dizer, iguais formas de viver, não se gastou o silêncio, antes praticou-se a escuta activa e se dedicou tempo com outro umbigo.
Hoje às memórias guardadas, uma vénia de olhos fechados docemente.
Abro a gaveta com traças de saudade: cheiram a conforto e a flores regadas com aguardente.
Se o álcool dá loucura e depois se evapora, Primavera da vida merece uma tinta vitalícia, um capítulo cativo, pouco elucidativo e emotivo.
O tempo tratará de marinar e fazer um preparado com magia e malícia.
Plantada com poucas raízes, sem espinhos e muita ramagem
Dar o código a quem quer os truques, quem quer abrir gavetas com pitada de sal, quer aprender a rodar no sentido que em par se escuta. E quer saborear no presente uma futura memória na divisão do passado de nível açucarado.
9.5.07
Uma vida muitas mãos, um jardim muitas flores
Tenta o atento do poeta, decorar os textos com que brinca, massaja-os de alto abaixo, confere-lhe um aspecto mais altivo, mesmo que comece com a história de uma perdida "carica". Nem todos temos na veia, a corrente a este jogo, trocar as voltas às palavras, requer melancolia e alguma audácia no goto. Atrevimento quando mostrado pode dar a victória a um momento. Como alguém pegando em jarrões, esses tristes objectos com utilidade tão imprecisa, lhes coloca um arranjo para dar ao ambiente um tom mais florido! Mistura de átomos e iões. Energia transformada, a do ar que ninguém vê, sente-se de esguelha, anima o tristonho e faz sorrir até a cara mais amuada. Mesmo sem se ver já se tentou, pela fé que se mostrou, pela ré que tocou, pelo gesto em si próprio um pouco mais já regou! Uma vida muitas mãos, um jardim muitas flores.
Alguém que passeie pelo mundo despercebido, viver sem as odiar ou adorar, terá andado muribundo, como um peixe num aquário, muitos dias a nadar, sem um rumo nos dias achar. Não exigirá muito esforço! Ou um dom oculto. Exige a entrega de uma vontade, um olhar confiante, ou um acto requintado ou um sentimento nobre partilhado. E aceitar. Não faz suar!
Nascem estas raridades das sementes trazidas pelo vento norte, seguram-se à terra e resistem até à rajada forte. Tornam o desejo mais colorido! Vê-las não exige subir para nenhum alto dorso. Prova-as quem se deixar encantar, como o poeta pelos Açores, chamou-lhes Ilhas dos Amores, sendo uma a das Flores.
São únicas e delicadas. Marcam grandes pausas e querem-se bem cuidadas. Se são bonitas por natureza serão desdenhadas pelos olhares! Se selvagens e bravias, farão paisagens particulares! As mãos de cada um, pares singulares, vivem como as flores em alguns desabrochares. Guardam o amanhã, toque de mãos frias, cuidadas desde a manhã, querem-se macias. Coberto de cores esse calor da loucura, como o lado sedoso das flores, sente quem as trata com ternura. Frágeis e perfumadas, desafiam o olfacto. As nossas mãos sempre em vasos serão tristes… restringidas ao sentido do tacto. Mais bonitas em liberdade, para marcar aquele momento.
Lembradas com saudade, Mãos e Flores dão-nos alento! Mesmo sem talento, bastará estar atento!
6.5.07
“Às 4 da madrugada, e o passarinho cantou”
Como todas as noites o patcholi não varia muito. Já se sentiram beata, né? Sai-se à noite e Chanel Marlboro.
Ontem queixaram-se da falta de sítios alternativos. Chegou a falar-se do “Ouriço”, na Ericeira. Referência para muitos.
Inevitavelmente em Lisboa, acabo sempre nos mesmos sítios: Plateau, Irish… o que me escapa? No Lux nunca entrei, fui barrada 2 vezes à porta. Cheiro mal? Não sei.
Juntando tudo, baralhando e distribuindo, dirijo a minha indignação à moda dos Caixilhos e Laminados: para quando uma discoteca em Lisboa com mais O2, mais m2/bailarino, estrelas no ar, porteiros tipo Fernando Mendes e com um wc para gajas tipo comboio?
Faltou referir os fenómenos da noite: restaurante italiano sem pão de alho e grisinis, secura por causa do panacota (por causa da pizza, por causa dos candeeiros...falta de água!), pássaros na mesa do jantar feitas de Crazy Horse, rodarem pedaços de pão com chouriço numa bandeja em plena discoteca (YAH, soube a pato!) e os passarinhos cantavam às 4h30 da manhã na 24 de Julho. Madrugada de Maio e o carro marcava 16º.
2.5.07
O enigma das gravuras de Foz Côa
Sexto sentido feminino
1.5.07
Na terra das gaivotas
Fiz mais uma travessia.
Encontrei alguma paz
Ao captar esta fotografia.
Tantas formas hão-de haver
Para a serenidade encontrar.
Eu distraio-me a disparar
Algumas facetas do nosso mar.
Oh mar podes ser triste para uns,
Trazer riqueza a quem se aventura!
Neste Portugal de vaidades,
Em ti encontro igualdade e repouso na tua bravura!
Pedaço de terra, a Terra
Encontro apenas um modo tranquilo de viver aceitando a vida tal qual ela é.
De uma maneira geral, o mundo anda agarrado ao material e esquece-se do espiritual. E o espiritual encontra-se nas relações que estabelecemos com o que nos rodeia.
E depois, embora a sensibilidade varie de pessoa para pessoa, dificilmente alguém fica indiferente quando vê um urso polar perdido no gelo, sem meios de sobreviver.
Não me surpreende que o documentário de Al Gore tenha tido tanto sucesso, cpmseguindo escandalizar o mundo ao abordar as mudanças climáticas chamando-lhe uma Verdade Inconveniente.
Porque a educação, por mais motivação que encontre, não faz milagres. Nem mesmo S. Pedro, com os seus poderes de santo, consegue evitar os piores dos desastres causados pelo homem, o de colocar constantemente à prova os limites da regeneração da Mãe Natureza.
Reflicto e procuro entender tudo isto através de um olhar ingénuo, português e pouco expert na matéria. Procuro ser tolerante e aceitar esses erros crassos espalhados pelo mundo. E, claro, tirar daqui alguma coisa para a motivação do dia-a-dia.
Por isso, partilho este pedaço de texto convosco, é o que está comigo e deixo aqui.
E polvilho o ar com alguma inquietação acerca do que deixamos que os governos façam ao pedaço de terra que é de todos, a Terra.