29.12.11

2012 é par, grande e estrelado!

não tem preço o valor do meu Sol. tem sido constante no percurso que: acarinho e escolho, caminho e embrulho, cruzo e piso, abraço e traço, conspiro e respiro, escrevo e me atrevo! trago e rasgo, uso e abuso... vivo e revivo-o todos os dias.
todos os dias têm Sol só e apenas porque tenho pessoas realmente muito boas, diria mesmo, fantásticas, perto de mim. aos meus amigos, outros que não são e nem por isso lhes tenho menos consideração, desejo para o novo ano: sintam o Sol!

nos escolhos dos dias nem tudo está ao nosso alcance: não seguramos todas as pontas nem soltamos todos os nós.
e há dias que nem há alento para sussurrar ao nosso eu que o mundo está lá fora, quanto mais GRITAR e pedir-lhe que tenha força.
não escolhemos nascermos toldados a uma beleza singela. podemos talvez seleccionar a simplicidade e viver o BELO. parar e reparar. o belo estará em quase todas as formas de vida, mesmo as mais apagadas, pequenas e que, por isso mesmo, nos pode escapar aos sentidos.

as nossas crenças são terríveis. por tudo isto, cultive-se o SOL.
pode ser esse o caminho que fará dé todos nós mães e pais das estrelas!

28.12.11

segredos, seres que existem

todos temos cá dentro. de amor e ódio. de coisas que são só nossas. momentos e lembranças. e até poderíamos querer deitá-las fora, mas são nossas e fazem de nós os seres que existimos. deixamos que fiquem, quentes e escuros, guardados e enrolados. deixamos que permaneçam.
seres que existem através de nós, até sermos.
quem quiser traduzir por palavras vos digo que seria tempo de pouco proveito. chegarão as palavras para tal? bastarão essas tolas? mesmo aos amigos mais queridos, essas coisas quando ditas passariam a ser de outros como nós e, talvez ainda não tenham pensado nisso, mas provavelmente seriam de pouca compreensão. ofuscadas pela parte inflexível das palavras, pois mesmo o mínimo brilho que delas guardamos, incorre o risco de se esconder pelas letras tão padronizadas. mesmo assim, há quem se aventure na tentativa de trocá-las por palavras.
essas coisas que sentimos e mesquinhamente nos doem o pensamento e a alma são aqueles segredos!
os segredos existem enquanto somos.
aos que amamos e odiamos. as coisas que apenas a nós dizem respeito. são muitas e não pensem que escapam, não tenham nisso fé. quem vive inevitavelmente os criou. porque a vida é feita por uma parte que se vê, dá-se, traduz-se e outra dorida, sem cor e corpo e com m-u-i-t-a-a-l-m-a.
são nossos e sempre o serão.
e mesmo à alma que me conhece, a quem sou sincera, mesmo a essa, a quem sou tudo e quero todo o bem, não chegam 100 anos para tê-los, lê-los e compreendê-los.
podem ter voz. quando canto em tom de dor é apenas meu o som que trago em mim. tem dias que é som de alma, e outros com alma de outros. mas é minha a alma onde me guardo e onde cabem os meus segredos.
são pensamentos, ideias, amores e ódios. aquilo que sentimos.
segredos, seres que existem.

12.12.11

Ópera em Lisboa, na Gare do Oriente - pela DPOC



"Quando menos se esperava, 4 cantores líricos juntaram-se na Gare do Oriente e alto e bom som deram voz à DPOC. Uma acção que surpreendeu e marcou o dia mundial da DPOC, a 16 de Novembro. O momento, que durou alguns minutos, foi da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Fundação Portuguesa do Pulmão."

p.s. oxalá tivesse estado presente! em 2007 assisti a algo do género no Harrods em Londres e foi fantástico. Só visto!

6.12.11

vontade voraz

terá alguém já sentido a vontade de amar AS PESSOAS? amar por ser pessoa. cuidar. e cuidar.
aceitar aquela pessoa ali exposta. é ou não é tentador?
é intenso e chega a doer. emociona-me. como posso explicar...?!
preenche o ar. os olhos e a testa franzem-se pela força da minha vontade e desejo para que a pessoa SE VIVA. se viva a ela e os mais pequenos milagres das 24horas que todos os dias nos são dados.
este elástico que nunca estico ao limite, é um autêntico vapor vitaminado que me impulsiona e, ao mesmo tempo, me mantém focada em ver A PESSOA.
não o sinto todos os dias. mas há dias em que se os meus braços fossem pontes andaria esticada a ligar as margens pelo ar. e andaria nas nuvens!
ou abraçada. sempre entrelaçada e nas nuvens!
é realidade? é fantasia?
se sinto é. ponto final.

24.11.11

à porta da AR

Um homem ia a passar junto à Assembleia da República, e ouve lá de dentro:
"Ladrão.
Mentiroso. Corrupto. Sem Vergonha. Trafulha. Preguiçoso.
Vendido..."
Assustado, o homem pergunta ao policia, parado à porta:
- O que está a acontecer ali dentro?!
- Estão a começar a trabalhar.

- Mas e aqueles nomes?!
- Homem, é a chamada das presenças.

14.11.11

percorremos a vida

há dias mais fortes do que outros. costumam ser dias em que estamos mais próximos de algo grande como a vida. perante a vida, o que pode ser maior? talvez apenas outra vida. é por isso que nestes dias busco, sem querer, a palpitação da vida. pequenas coisas que me lembram de que o simples viver é uma graça que herdamos, da qual devemos estar gratos e fazer o melhor que pudermos com ela e por ela. tanta gente a morrer por doenças de tratamentos prolongados que chegamos a desejar que basta de sofrimento. os corajosos vivem-na até perderem a respiração, a força para suportar a dor, até à despedida. comecei a morrer há 32 anos e nunca sei o que me espera. gostava que ninguém sofresse por mim, mas isso seria desejar não ter amigos. e isso sim seria deprimir a minha vida e toda a minha saúde. cada dia vale pelo seu valor, mesmo nos dias mais fortes, aqueles que guardamos para sempre mesmo nunca tendo desejado a sua existência. por ser um dia forte dei por mim a viajar para encontrar belezas acessíveis a todos e que nunca deixam cair no esquecimento o valor de percorrermos um caminho.

10.11.11

um pouco melhor qualquer coisa

hoje foi dia de beber. beber de outros. outros falaram, exposeram, brincaram com palavras, imagens e ideias. e só tive de dispor de tempo, mente, ouvidos e atenção. houve momento para reflexão. reflexão no meio da multidão. há melhor do que, estar comigo mesma num auditório com tanta gente? deve haver :-) mas hoje foi assim e soube bem.

senti-me grande quando todos tivémos a liberdade de fechar os olhos e apenas pensar para dentro de nós, sobre nós, os nosso sonhos.

grata todos os dias por poder estar a viver este momento e em Portugal. e poder estar em contacto com tantas mentes fantásticas que partilham. eu, a louca. o "eu" que parece adormecido e que está sempre em criação.

boa noite mundo que avança em silêncio e que constantemente se auto-cria e recria, que todos os dias por fazer isso torna um pouco melhor qualquer coisa. e qualquer coisa és tu mundo, esse que é parte de cada um de nós, e do qual cada um de nós faz parte.

2.11.11

perfume de amor

frasco distraído com aroma e cor, possível contigo, agora que sei, o melhor odor.

não to pedi, não é roubado.
sentido e adocicado, intenso e cuidado, pelo nosso bater combinado.

afrutado, partilhado, entranhado e suado, pelo ritmo marcado.

nunca é demais cheirar-te, passa tudo.
libertar-te, deixar ser, conquistar-te. no melhor: viver-te!

inspiro e respiro, nosso e inteiro, sensação ímpar, este profundo cheiro.

12.10.11

atrevo-me, sussuro-te baixinho

ténue e fino
esse limite
incolor
quase palpite

nenhures
quero estar
entregue
e dançar

é tão fino
chegas em som
delicado
e doce tom

amanhecer
assim
traz tudo
sem fim

que infinita
e estimulante mania
sempre a sonhar
de noite e de dia

gemido
contido
tremido
e perdido

trago algures
cheio de mel
caso me escales
sem toque de pele

chego quase perto
respiro fraquinho
asas batem devagarinho
miro-te a dormir sózinho

atrevo-me, sussuro-te baixinho

leves e soltas
gramas de pardal
é tão ténue e tão fino...
voar igual não tem mal.

28.9.11

criatividade: texto fantástico

o tema da criatividade interessa-me muito. porquê? hoje vivemos "contra natura"; desvalorizou-se o sermos criativos em prol de sermos eficientes (ponto final). pelo que sei, (e qualquer pessoa que pare para pensar sobre isto vai concluir o mesmo) quando dedicamos tempo a sermos criativos estamos a proporcionar bem-estar em nós mesmos. o bem-estar de cada um é um tema interessante, é ou não é?
Sim? Não? Talvez?
está mais que na hora de apostar/investir na nossa criatividade. naquilo que é nosso e inevitavelmente existe em cada um de nós. se cada um fizer isso provavelmente terá mais mecanismos para voltar a si quando precisa ou valorizar-se + rapidamente naqueles momentos em que o chão parece ter vida própria e quer fugir debaixo dos nossos pés.
sobre este tema, encontrei este texto (fantástico) para ler e reler sempre - guardar - "Pense como um sábio tolo." uma das estratégias para a criatividade é colocarmo-nos na forma de pensar de outro tipo de pessoas, pensar como um louco. Mas um louco com conhecimento.
ver aqui http://blog.creativethink.com/2011/08/think-like-a-wise-fool.html

7.9.11

através das pessoas

a ver para além das pessoas aprendi com crianças, são apenas crianças.
mesmo se alguém lhes lê outra alma. o azeite não se mistura com a água, flutua.
não é fácil ao início, porque nos ensinam a ver o óbvio. pedem-nos que sejamos objectivos, mas elas, as crianças, comunicam de todas as formas.

é apenas criança. ver para além das pessoas.
tive uma experiência de um mês e meio que me parece ficar para a vida. todos os dias que as deixava sentia que aprendia sobre mim.
foi então um mês e meio de auto-conhecimento, de auto-controlo e auto-limites.
"Professora, porque tem essas manchas debaixo dos braços?"
suei bastante. ouvi bastante. até que gritei. uma aluna pediu-me que gritasse. não gosto de gritar para manter a ordem. mas fui até um canto e experimentei: resultou. todos ouviram e a partir daquele momento foi diferente. ainda assim, não gosto de gritar.
todas aquelas crianças estão habituadas a gritos, a castigos desmedidos e apontarem o dedo uns aos outros. foi estranho. sempre que alguma coisa acontecia alguém facilmente dizia quem o tinha feito, quem tinha  gritado ou batido com a porta. como fazer crianças entender que até alguém perguntar não precisam  denunciar os colegas? e que cada um é responsável por si,... responde por si?

"Professora, cheira bem." as crianças reparam em nós. e quando nos desenham isso nota-se.

aquelas crianças são educadas no medo. e isso é medonho! quando me aproximava diminuiam de tamanho. repeti vezes sem conta: "aqui ninguém bate em ninguém. aqui conversamos."
às vezes não havia intervalo. às vezes tem de ser. são apenas crianlas.
como acredito que somos animais de hábitos, habituei-me a repetir muitas vezes a mesma coisa.
pedir desculpa, sim. não denunciar ninguém, não, por favor.
no início todos esticaram a corda. não os entendia bem e eles não tinham regras naquela aula.
escrever regras. lembrar regras. regras simples. já todos as lembravam uns aos outros.
aos mais irrequietos pedi-lhes que escrevessem uma carta aos pais. até deu dó. a carta era guardada e quando se portavam mal havia uma carta para entregar aos pais escrita por eles a explicar porque tinham tido um comportamento que dificultava a aula aos colegas.

foram crianças do início ao fim. ouviamos música juntos. experimentámos exercícios de respiração e finalmente, preparámos a festa de final de ano. mesmo os que tentaram por dinamite na preparação, no dia da festa, até esses foram anjos. foram crianças do início ao fim.
aprendi com crianças a ver através e para além das pessoas.

23.7.11

RIP Amy Winehouse

hoje confirma-se a morte de amy Winehouse e isso entristece-me.

a morte encerra em si um pano negro.
entristece-me sempre quando alguém morre e isso podia ter sido evitado. como quando alguém morre por fome. quando alguém morre muito novo. quando alguém com talento acaba por morrer com uma grande dor, angústia e sofrimento. quando alguém se mata e, em desespero, não encontra motivos para arriscar viver + 24h.
as pessoas são cruéis e esquecem-se de lembrar aos outros que nem tudo o que parece é, que é normal haver dias bons e menos bons. e aqueles mesmo maus acontecem a todos.

na minha pré-adolescência assisti a muitas perdas de pessoas. era frequente encontrar seringas, vestígios de um xuto ou cruzar-me com vizinhos que viviam diariamente o mundo da droga. támbém houve boas surpresas, pessoas que sairam da droga. eles existem. hoje a toxicodependência tem outros contornos. em Portugal a realidade alterou-se. houve um grande esforço das instituições, do Estado, da sociedade para tratar este problema que atinguiu muitas familias, essas que guardam as marcas, as histórias, as fotos e o luto.

qualquer um de nós entende que um toxicodependente não está bem, não vive em bem-estar na sua vertente física e mental e precisa de ajuda. precisa de aceitação. o próprio deixou de acreditar em si, às vezes não reconhece o seu problema como um problema e deposita pouco crédito nos motivos para fazer diferente. às vezes não é o único doente! pode ser o sintoma de um desiquilibrio maior, familiar.
na Psicologia é frequente dizer-se que a toxicodependência não é a verdadeira doença do paciente, normalmente, é o sintoma de que algo não está bem. como acontece com outras doenças.
esta apenas se vê muito bem e é impossível manter escondida durante muito tempo.

algumas memórias da Amy não são muito diferentes do desfecho da sua vida.
recordo o concerto dela em Portugal no Rock in Rio, no 1º dia e que já foi "histórico" pela actuação escandalosa da cantora.
o que fez dela uma artista guardo muito bem com toda a certeza: os álbuns, as músicas, a sua silhueta, aparência tão característica e a voz inconfundível. jamais esquecerei o olhar dela com os olhos pintados de uma forma única.
vale a pena lembrar que outras artistas como ela, grandes mesmo, tiveram este desfecho, morreram novas, e continuam a ser clássicas. as grandes, Elis Regina e Janis Joplin. seja ou não da droga, algo não estava nada bem na vida desta mulher que apenas com 27 anos marca a história da música.

pergunta: porque é que pessoas talentosas não usam TODAS as suas capacidades?

20.7.11

se eu quiser falar com Deus

Olá.
Serás tu alguém que já procurou falar com Deus?
"Se eu quiser falar com Deus", este som que a Elis canta à capela é intenso e refere o que podemos fazer nesse momento.
Existem pessoas que em algum momento da vida procuram Deus. De certo todos conhecemos alguém que o tenha feito ou o faça.
Na obra "Comer Orar e Amar", depois feito filme, há um momento em que a personagem principal, Liz, num momento de grande angústia, sofrimento, solidão está no wc e procura Deus. Esta passagem é fantástica porque responde a algumas questões que qualquer pessoa que tente falar com Deus encontra.
A Elis, sempre a grande voz, com uma dicção sem igual, canta-nos como pode ser esse momento.
Ouvido assim contina a ser um momento forte. Vale a pena escutar.
Dizem que nascemos e morremos sós. E tu, pensarás o mesmo?

29.6.11

distrai-me a vertigem

distrai-me o excesso de tudo
de tempo
de tarefas
de pessoas
de fins
de começos
de encontros
de promessas

descentro-me de mim
pago por isso
hoje, amanhã, ontem
e como sei que
hoje conta como tudo
agora é o momento

abafo o passado
desafio o futuro
e esbarro no presente
sobre o azul o ouro

o presente é que é
saco então o sufoco
prendo a força
e salto pelo soco

que seja por querer
pela vontade
sede de conhecimento
de ser apenas singularidade

longe da vertigem
da dúvida e do medo
perto de mim
sempre é cedo.

26.5.11

el critica

diz por aí que: tens de crescer para
... seres alguém
... seres independente
... teres uma profissão
... teres um bom trabalho
... teres uma familia

diz por aí que: eles não sabem
... nem sonham
... o espaço de sonhar
... muito de si
... muito do humano
... acreditar que é bom ter medo
... acreditar que é saudável ter coragem
... que a critividade é uma grande riqueza
... que nascemos com um músculo pouco conhecido, o cérebro
... que temos um coração que sente tudo
... que os infelizes são surdos de si mesmos
... que as maiores barreiras são os nossos limites

diz por ai que: quem sabe
... saberão
... alguém lhes pode lembrar
... já o sentiram
... vivem no medo
... escondem isso de si

diz por aí que: quanto mais auto critica
... menos se é espontâneo
... mais se vive oprimido
... mais se afasta de si
... menos se é criativo
... maior dificuldade em deixar fluir

diz por ai que: vivenciar
... traz memória
... é humano
... é estar certo
... às vezes
... é estar errado
... é viver
... é sentir a vida através da experiência
... é tentar
... é simplesmente deixar ser
... é permitir qualquer coisa a nós mesmos
... é confirmar que é posível
... é dizer ao meu ego que estou vivo
... é lembrar-me que posso

Boa noite mundo do "diz por aí que".
Dorme em todo o lado a criatividade e não mora em nenhuma parte certa.

29.4.11

gira o mundo

pensámos todos no outro dia sobre "o que move o mundo".
apareceram respostas como ambição, dinheiro, amor, sexo, inveja.
acho que foi isto.
passaram 2 dias e volto a recordar a Madonna que disse algo como "o sexo faz o mundo girar".
nem me recordo onde li isto, mas já foi há muito tempo. guardei porque era bem mais nova e fez-me pensar. guardei e aos 31 (quase 32) volto a pegar nela.
sinceramente, não é muito diferente do que penso hoje. o sexo, o amor. o amor e o sexo.
claro que a economia decide o mundo. resta saber o que move os homens e as mulheres que decidem a economia. só a ganância?
não consigo separar homem, querer e emoção. 24horas tudo separadinho?! como?

ganância tem emoção? claro.
mas o dinheiro não é apenas o poder sobre o mundo.
o dinheiro traz e faz o poder sobre pessoas.
e as pessoas exercem poder umas nas outras.
ajuda-me acreditar que mesmo assim, há sempre uma qualquer relação de emoção por trás de quase tudo.
e o "quase tudo" são roupas de religião, guerra, conflitos, pobreza e problemas graves.
todos mascarados.
não consigo dar todo esse poder à economia, porque a economia faz-se de homens e para homens. mesmo que de si para si. e o que move os homens?

move-me a admiração. e o sonho.
o dinheiro procuro-o para os sonhos. para os meus, claro. pequenos, talvez, são meus.

ajuda quem podes. resolve os teus problemas. e assim giro o mundo!

30.3.11

o poder do relógio da imaginação

“Todo mundo sabe que o tempo é a Morte, que a Morte se esconde em relógios. Contudo, impondo outro tempo, movido pelo Relógio da Imaginação, pode-se recusar essa lei (...) ”

Federico Fellini

20.3.11

erros

a maior parte dos meus erros, cometidos por me afastar dos meus quereres.
figueira, 2011

p.s. e são todos meus. que ninguém tente assumi-los.

7.3.11

é só a solidão

apanha-te e, antes que te apanhem, experimenta.
deverás assim ser simples e tentar. tenta.
ousado em ti na tua grande pequenez.

encostado a ti. na tua sempre brilhante solidão.
que nascemos sós e morremos antes da arte. não?
eternidade é para ela.

a solidão escolhida é para quem sente. crescida mente.
sem fantasmas que ela não morde, é assim simplesmente.
torna-te mais puro. aproxima-te de ti.

21.2.11

na minha rua

descolorem o dia
apaguem o Sol
vistam o dia de noite
e a noite de dia
e as pequenas
permanecem
sempre
para quem
atento
vive.

pequenas
as mais pequenas
coisas
que vemos às vezes
tem dias
ou não
tem noites
talvez.

belezas não raras
não únicas
apenas pequenas
visíveis ou não
serpentes
ou não
pequenas ainda
que sejam
são belezas.

aqui, aí, ali
no céu ou no mar
na rua
na minha rua.